Aprender a “ler” o mercado e descobrir tendências foi o tema de uma das aulas masterclass do sábado (15) no Rio2C, a maior conferência sobre inovação e criatividade da América Latina. O encontro que acontece anualmente na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, no Rio, e recebe profissionais de mercado, estudantes, pesquisadores, teve a estrategista de marca Aline Souza dividindo sua experiência de quase 20 anos no branding e em estratégia com um público ávido por conhecimento.
Ela, que já atuou em institutos de pesquisa como Kantar, Nielsen Consumer Neuroscience e Ipsos, falou sobre inovação, sobre a importância dos soft skills (competências sociais e comportamentais) e hard skills (habilidades técnicas) no mercado de trabalho e, por fim, sobre como é possível aplicar a inteligência de dados no mercado publicitário.

Aline Souza começou a palestra ao definir o que é inovação disruptiva: produtos ou serviços simples, acessíveis e baratos. Eles surgem no mercado para suprir as necessidades das massas e são aprimorados a partir da tecnologia.
“A tecnologia sozinha faz muito pouco. Se as pessoas têm novas necessidades é preciso buscar soluções para esses problemas. Nesse caso, a tecnologia é um agente facilitador”, diz a estrategista que já passou pelo NuBank.
Nessa lógica, é preciso desenvolver as soft skills, além das hard skills. Os profissionais atuais necessitam entender o que as pessoas buscam e, para isso, é crucial que os profissionais busquem a informação técnica, mas também fortaleçam características como empatia e resiliência.
“Saber fazer boas perguntas é uma habilidade importante para o futuro”, pondera Aline.
Quando os profissionais olham apenas para os dados e não conseguem ver o panorama geral, a estratégia será apenas de curto prazo, comenta ela. “Se o foco é no curto prazo, o negócio será insustentável”, afirma. Portanto, saber a habilidade técnica não é suficiente, pois também é preciso ter uma visão empática para entender as tendências e o mercado.

Aline questiona se dados realmente são o novo petróleo, pois eles sozinhos não agregam no cenário geral, apenas auxiliam a compreender uma parte de uma história maior. Os profissionais precisam entender o quanto seus produtos são bons e quais são os espaços em que eles cabem. Logo, os dados precisam ser minerados (ou seja, analisados, filtrados, observados) para que a comunicação seja efetiva ao público-alvo.
“A tecnologia é um meio para um fim. Precisamos usar ela para evoluir como sociedade e as marcas precisam liderar essa conversa. No entanto, as pessoas são a força motriz da inovação”, reflete Aline.
Foto de Capa: Larissa Martins/Agência UVA
Reportagem Larissa Martins, com edição de texto de Daniela Oliveira
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Matéria excelente!
Obrigada!
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