Seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na China, todo cidadão tem uma coisa em comum: garantia aos direitos humanos. Fundamentais e inerentes a qualquer um, estes direitos são universais, básicos para a vida em sociedade e a garantia da dignidade e foram o tema da palesta que ocorreu na quinta-feira (14), promovida pelo campus de Cabo Frio da UVA.

(Foto: Captura de tela/Microsoft Teams)
Os principais pontos discutidos durante o encontro foram o direito de Liberdade de Expressão e acesso à informação, necessidades básicas para a construção da nossa identidade. Ambos tem sua garantia expressa no artigo 19º da Declaração Universal De Direitos Humanos (DUDH)
Vinicius Tavares, mestre e professor de Direito, afima que os veículos de informação podem ser capazes de, inclusive, fomentar cenários de guerra, como o embate atual entre Ucrânia e Rússia. Para ele, a facilidade com a qual se propagam as notícias não garantem, necessariamente, acesso a informação, graças a quantidade de fake news.
“Há um ditado que diz que a primeira vítima da guerra é a verdade. Se no início do capitalismo financeiro já se lucrava com a mentira, hoje, com a capacidade de divulgação, você consegue muito mais”, detalha Vinícius.
Segundo o advogado, o Brasil ainda possui um sistema político ultrapassado, sendo necessária uma reforma que altere essa estrutura, justamente para lidar com estas demandas: “Tanto o Estado quando o Direito são organizados de forma que vivemos um resquício do século XVIII, do regime proposto na Revolução Francesa. É preciso inteligência para representar certos pontos, e garantir estes direitos fundamentais”, afirma.

(Foto: Captura de tela/Microsoft Teams)
O professor de Jornalismo Daniel Paes reforçou a necessidade de contextualizar as mensagens passadas pelo processo de comunicação. Segundo ele, é preciso responsabilizar quem dissemina falsas informações, principalmente aquelas que tem como intuito promover ataques e ódio. Para o jornalista, toda mensagem possui um peso psicológico tanto para reafirmação de crenças, quanto para desestabilizar quem as recebe.
“A gente tem a tendência de achar que temos escolhas racionais a maior parte do tempo, mas a ciência já provou que não. Por isso a mensagem é algo tão forte. ”, acrescenta o jornalista.

(Foto: Captura de tela/Microsoft Teams)
Daniel ainda afirma que a procura por um inimigo e a disseminação de discursos de ódio contra tal não é algo que surgiu somente com a nova polarização política. mas um costume histórico da sociedade.
“É preciso se questionar a quem interessava desinformar sobre os judeus? Sobre os ciganos? Sobre os negros? Na história sempre houveram vítimas de informações falsas por questões políticas”, relembrou o professor.
Foto de capa: piqsels.com
Gabriel Figueiredo (3º Período), com revisão de Leonardo Minardi (7° período)
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