Depois de enfrentar uma das eleições mais polarizadas e conturbadas da história recente dos EUA, Joe Biden completou quinta-feira (29) cem dias na Presidência do país, realizando seu primeiro discurso no Congresso na última quarta-feira (28) e em suas palavras o atual presidente defendeu a democracia, pediu a união dos americanos e falou sobre a vacinação, economia, imigração e o meio ambiente.
Nos seus primeiros dias no cargo Biden vem substituindo twittes por comunicados diários para a imprensa, tornou o uso de máscaras obrigatório, retornou o Acordo de Paris e a Organização Mundial da Saúde e travou o financiamento do muro na fronteira com o México.
Em seu discurso o presidente fez um balanço sobre os seus cem primeiros dias de governo, entre eles estão os investimento na ciência, deus detalhes de um plano de geração de empregos, disse que é necessário acabar com o racismo sistêmico, propôs reforma no sistema migratório, leis para garantir igualdade com população LGBTQI+ e para coibir violência contra mulher, pediu esforço bipartidário para acabar com “epidemia de violência armada”.
(Foto: Reprodução / REUTERS)
Combate a pandemia.
O governo de Biden tinha prometido vacinar 100 milhões de pessoas até o centésimo dia de seu governo, esta meta foi atingida em meados de março, cerca de quarenta dias antes do previsto, a meta então foi dobrada e no dia 21 de abril os Estados Unidos já tinham vacinados 200 milhões de pessoas, uma semana antes do previsto.
O país agora já vacinou mais de 232 milhões de pessoas, ficando atrás da China, que vem tendo seus dados contestados pelas autoridades de saúde. Para garantir um aumento no fornecimento de vacinas o presidente invocou a Lei de Produção de Defesa com a Pfizer e Moderna, Joe Biden também se comprometeu a comprar vacinas durante seus primeiros meses no cargo. A Casa Branca diz que os EUA terá vacinas para todos os cidadãos adultos até maio.
Para todos terem acesso a imunização, o governo permitiu a vacinação em centros de saúde comunitários e também se comprometeu a fazer parcerias com organizações comunitárias para transportar idosos e pessoas com deficiência para serem vacinados.
Com esses avanços o país começou a autorizar pessoas já vacinadas com as duas doses à andarem em locais abertos e sem máscaras. Alguns eventos esportivos também já estão recebendo público.
Economia.
A segunda prioridade do governo é a economia do país. Em março o Congresso aprovou o Plano de Resgate Americano, com algumas mudanças importantes, este plano destinou recursos a Estados, municípios e empresas, ampliou o auxílio desemprego e promoveu pagamentos diretos à população.
O governo também apresentou o Plano de Emprego Americano, que promove a criação de postos de trabalho e estimula a economia verde, propondo grande mudança na matriz energética americana. Biden também afirmou que não irá aumentar a tributação aos americanos com renda inferior a US$ 400 mil por ano.
(Foto: Reprodução / David Paul Morris)
Crise climática.
Em sua campanha para presidência as mudanças climáticas sempre foram uma de suas prioridades. Como prometido, Joe Biden sediou a Cúpula do Clima Global, durante este evento o presidente disse que seu país irá reduzir até 2030 emissões de gases de efeito estufa em 50% a 52%, mas o governo ainda não elaborou um plano de como o país irá cumprir esta meta.
Em seu discurso na quarta-feira (28) o presidente voltou a falar sobre o clima e enfatizou que problemas climáticos são de todos os países e pediu a ajuda de seus representantes, incluindo os da China e da Rússia, para o ajudar na mudança desta situação.
Crise Migratória.
Uma das maiores críticas ao governo Biden são as crises migratórias e das travessias de fronteira. Segundo a Washington Post/ABC News mostrou que só 37% dos americanos aprovam a forma como o presidente lida com esta situação.
O presidente reconheceu que há uma crise nas fronteiras com o México e que é necessário um aumento na segurança. Biden disse que está indo na raiz do problema, a vice Kamala Harris anunciou na última semana um pacote de ajuda milionária aos países que ficam entre os EUA e a América Central.
“A violência, a corrupção, as gangues, a instabilidade política, a fome, os furacões e os terremotos” comentou Biden sobre os motivos dos imigrantes deixarem seus países de origem e tentarem entrar nos Estados Unidos.
Biden criou uma força-tarefa para identificar e reunir familiares de imigrantes separados por conta da política de “tolerância zero” do ex-presidente Trump. O Presidente rescindiu a declaração de emergência nacional de Trump para construir um muro na fronteira com o México. Mesmo assim o governo vem lutando para conseguir acompanhar o fluxo de imigrantes que vem do sul do país.
Milena Strada, formada em relações internacionais, fala como Biden está tentando agir nesta situação.
“Ficou claro que Biden está tendo dificuldades em resolver a questão migratória, ele não pretende tomar atitudes iguais a do Trump, mas também entende que é preciso fazer o que é melhor para o seu país, ele ainda está preso nas políticas restritivas e acredito que isso o incomoda muito”, comenta Milena
Justiça Social e Igualdade.
Na historia dos Estados Unidos, esta é a primeira vez que o gabinete tem a maior diversidade racial, o presidente revogou mais uma lei que Trump criou, que é a proibição para a maioria dos transgêneros ingressarem nas forças armadas. As mudanças também irão proteger os indivíduos trans da discriminação dentro dos serviços militares.
Biden também relembrou da morte de George Floyd, o Presidente disse que o racismo sistêmico é uma mancha na história dos EUA, ele também se demonstrou satisfeito com com o veredito do júri. Seu governo deve seguir com esforços para aprovar reforma policial no meio legislativo.
O atual Presidente não só propôs leis para os transexuais, ele quer garantir leis para todos da comunidade LGBTQI+. Ele também pediu para recolocar uma lei que endureça as regras contra quem pratica assassinato contra as mulheres.
“Estima-se que mais de 50 mulheres são baleadas e mortas por um parceiro íntimo mensalmente nos EUA”, afirmou, o Presidente que solicitou ao Congresso que aprove o pacote legislativo para “salvar vidas”.
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Luiza Nascimento – 1° período
Sob supervisão de Indaya Morais – 7° período
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