Nesta quinta-feira (22), ao participar na Cúpula do Clima, que ocorreu por meio de uma reunião virtual, Jair Bolsonaro tentou convencer os líderes mundiais pela sua iniciativa de priorizar o meio ambiente. O evento contou com a presença dos ministros de Relações Exteriores, da Casa Civil, da Agricultura, das Comunicações e do Meio Ambiente. Além da participação brasileira, esta conferência incluiu a delegação do governo americano, a representação da Organização das Nações Unidas, os chefes de Estado e governantes.
Ao discursar sobre os apontamentos recorrentes à transmissão da Cúpula, Bolsonaro cita a neutralidade das emissões de carbono até 2050, a redução na disseminação dos gases, a promessa de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 e o fortalecimento dos órgãos ambientais para fiscalização.
“À luz de nossas responsabilidades comuns, porém diferenciadas, continuamos a colaborar com os esforços mundiais contra a mudança do clima. Somos um dos poucos países em desenvolvimento a adotar, e reafirmar, uma NDC transversal e abrangente, com metas absolutas de redução de emissões, inclusive para 2025, de 37%, e de 43% até 2030”, argumenta o presidente.

Com ênfase em Recursos Hídricos e Meio Ambiente, o Mestre em Ciências de Engenharia Civil, Cézar Pires, esclarece que o desafio que o Brasil tem de enfrentar para buscar o desenvolvimento ambiental trata-se do poder econômico investido por diversos países. “O Brasil está desacreditado no âmbito internacional na área ambiental. Dificilmente vai conseguir reverter esta percepção ainda neste governo, mesmo que faça algo de concreto”, afirma Cézar Pires.
O Doutor em Ciências Sociais e economista Durval Meirelles destaca que o desmatamento na Amazônia é consequência das ações governamentais não apenas do Brasil, como dos Estados Unidos. “Seguindo um pouco a cartilha adotada pelo ex-presidente americano Donald Trump, torna-se claro o abandono dele no Acordo de Paris quando se tratava do aquecimento global. Mediante a isso, o Brasil precisou adotar uma política mais flexível quanto ao sistema ambiental, o que provocou um percentual de desmatamento maior”, comenta Durval.
No dia 14 de abril, o presidente da República recorreu aos Estados Unidos com uma possível proposta de intervenção. O contato, feito por meio de uma carta, menciona o estado de emergência no qual o Brasil se encontra quanto à calamidade em meio ao desmatamento na Amazônia, evidenciando a promessa de acabar com este ato ilegal até 2030.
“Queremos reafirmar nesse ato, em equívoco apoio aos esforços empreendidos por vossa excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”, aponta o presidente brasileiro em carta enviada à Joe Biden.
Com a globalização, os países desenvolvidos, especialmente, redobraram a atenção acerca do investimento com o Brasil, mesmo em função da grande importância ambiental e climática que a Amazônia oferece. “Devido à mudança da economia americana, fazendo jus à entrada de Joe Biden na presidência, a estratégia dos EUA é de voltar a participar de todos os Acordos referentes às condições climáticas e ao meio ambiente. Toda esta modificação pode contribuir para as aplicações de recursos no Brasil para conter o desmatamento da Amazônia”, acrescenta Durval.
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Luiz Guilherme Reis – 1º Período
Sob supervisão de Julia Barroso – 8º período
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