Rio2C: Fátima Bernardes e Valen Bandeira refletem sobre alegrias e desafios das redes sociais

As redes sociais foram responsáveis por mostrar um lado mais próximo e humano de artistas que antes só eram vistos na TV e o no cinema. Nesta terça-feira (11), primeiro dia da Rio2C, a atriz Valen Bandeira e a jornalista e apresentadora Fátima Bernardes falaram de fama e conteúdo digital, em um bate papo mediado pelo jornalista e empresário João Pedro Paes Leme, da Play 9.

Valentina Bandeira, mais conhecida como Valen, é atriz e iniciou sua carreira artística no Teatro Tablado, atuando também em novelas e programas da Rede Globo. Na pandemia, a atriz desenvolveu conteúdos para o TikTok e Instagram e se tornou um fenômeno das plataformas.

“O sentimento que me liga aos meus seguidores é o da a imperfeição. A cobrança pela vida perfeita afeta muito as pessoas e por meio de meus conteúdos caóticos eu trouxe um pouco de paz a quem me assiste”, disse Valen.

Quem se identificou com esse sentimento foi Fátima Bernardes. A jornalista relata que enxergou, durante muitos anos, o conteúdo televisivo como sua única essência. Logo após sua saída do “Jornal Nacional”, Fátima passou a apresentar o “Encontro com Fátima Bernardes” – programa que liderou por dez anos – ainda na TV aberta.

“Antes de me antenar às plataformas digitais, eu era a jornalista de uma grande emissora, o que realmente fui e sou, mas não sou só isso”, comentou Fátima.

Mesmo com os benefícios das plataformas digitais, as convidadas reconheceram que é preciso ter em mente a mensagem que se deseja passar, quando se pensa em produzir conteúdo para as redes. Enquanto Fátima posta apenas fotos de sua família e sua vida profissional e pessoal, Valen Bandeira, que trabalha como influencer, tem uma maior preocupação com seus conteúdos.

“Confesso que é muito complicado conciliar “persona” versus personagem. Trabalhar com a internet é expor diversas áreas da sua vida, áreas que talvez você nem quisesse expor. Para impedir isso, naturalmente criamos um filtro sobre nossas narrativas nas redes, mas sem deixar de abordar o mundo real”, contou Valen.

Resumo do dia na Rio2C
“O primeiro dia historicamente é nosso soft opening, mas parece que a gente voltou mais forte da pandemia, então essa abertura foi como um dia normal de programação”, disse Rafael Lazarini, fundador e CEO do Rio2C. “Tivemos quatro summits incríveis: o de inovação nos esportes, o de crypto e carbono, o da economia dos criadores e o de conteúdo e marcas. É uma felicidade para todos nós ver nosso setor voltando, o mercado está muito potente, estamos muito otimistas com o que vem por aí”.

Presente no primeiro dia, o vice-governador do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha, classificou o Rio2C como um “patrimônio cultural do Estado” e destacou a importância do evento para reposicionar o Rio como capital da criatividade e da inovação.

A multipremiada cantora Angélique Kidjo foi responsável por encerrar a terça-feira na Cidade das Artes. No painel intitulado Vozes da Transformação, a artista e ativista beninense falou sobre a música como ferramenta de transformação social e a potência da cultura afrobrasileira.

“Cresci numa família em que meu pai foi o primeiro homem feminista que eu conheci. A filosofia dele era de que o ser humano não é uma cor e que a educação era importante para criarmos um mundo de paz. A educação, para mim, é central para deixarmos de sermos estúpidos”, afirmou Angélique.

Foto de capa: Divulgação/Rio2C
Reportagem de Mariana Motta, com edição de texto de Daniela Oliveira

LEIA TAMBÉM: Rio2C: “a nostalgia é uma caixa de primeiros socorros emocional”
LEIA TAMBÉM: Precisamos avançar na pauta trans, diz Linn da Quebrada