Nessa segunda-feira (19), a Marvel publicou o trailer de seu novo filme, “Shang-Chi e a lenda dos dez anéis”, e mais uma vez a pauta levantada pelos telespectadores foi a representatividade. O filme conta com um elenco majoritariamente asiático e, como muitas produções da franquia, dá protagonismo às minorias. Seu lançamento será em setembro e já deixa grande expectativa no público.
A estudante Silvana Li acredita que no momento que estamos vivendo com a pandemia do novo Coronavírus, é importante que sejam produzidas obras com protagonismo asiático sem expor essas culturas de forma preconceituosa. “Quando eu era criança, não tinha nenhum filme de herói ou com protagonistas asiáticos, e, quando tinha, era mostrado de forma caricata”, desabafa Silvana. Ela afirma que a proposta é boa e que por enquanto não aparenta ter discursos que se refiram à comunidade asiática de forma pejorativa neste filme.
“As produções têm que acrescentar a pluralidade de todas as minorias sociais, mostrar os preconceitos que existem, porque só assim o telespectador vai se dar conta que não é engraçado, nem brincadeira, nem essas ‘piadas’ que fazem”, Silvana acrescenta.
Vitor Mota, criador do canal Resolve na pós, lembra que a franquia traz representatividade não só asiática, mas também de outras etnias. “Heróis como Luke Cage, Pantera Negra e Shang-Chi (conhecido como mestre do Kung Fu) não surgiram apenas para refletir tendências do que estava em voga à época do lançamento, mas também trazer ao leitor alguém com quem se identificar, uma filosofia com a qual poderia conversar”. Ele ainda usa como exemplo as produções de X-men, trazendo diversidade de etnia, gênero, religião e sexualidade.
“Nunca é demais se falar sobre diversidade, assim como nunca é o bastante expandir as discussões sob o guarda-chuva de cada grupo contemplado pela representatividade”, comenta Vitor.
Ele ressalta que a Marvel já é conhecida por quebrar padrões e contestar seu público, e afirma que isso é possível porque a franquia sabe seu potencial de atingir sentimentos desconhecidos do público, mas isso não é restrito aos filmes. “Não esperamos que a Marvel vá se contentar com seus títulos cinematográficos ou series do Disney Plus. Há muito personagem para a Marvel diversificar em outras veredas do entretenimento”, pontua Vitor.
Breno Silva, que estuda o universo Marvel, afirma que, após décadas de produções que continham protagonistas que se encaixavam nos “padrões” – homem, branco, hétero e cis –, a empresa se tornou pioneira entre as grandes editoras ainda nos anos 60 após a criação dos X-men, Pantera Negra e Luke Cage. “Hollywood está caminhando bem nesse sentido, mas ainda está longe do ideal”, conta Breno.
Para assistir o trailer, clique aqui.
Malu Gayoso – 1° período
Sob supervisão de Julia Barroso – 8° perídodo
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Gran artículo Maria L, me gustó como tu historia inspiró a mucha gente:
– Muchas gracias!!!!!!
Boa matéria, ta de parabens, isso inspira varias pessoas a melhorar, não só pessoas como empresas de entretenimento!!!
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