Saúde

Covid-19: Rio tem recorde de pedidos de internações; especialistas comentam momento

A Cidade do Rio entra no modo de alerta. O prefeito Eduardo Paes deve anunciar novas restrições no Rio nesta sexta-feira.

A cidade do Rio de Janeiro entra no modo de alerta, após bater recordes de números pedidos de internações por conta da Covid-19. No último fim de semana (13 e 14), registrou-se 344 solicitações e 232 pessoas esperaram na fila nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais públicos da cidade.

Já nesta quinta feira (18), a cidade do Rio registrou um novo recorde com 622 pacientes internados. Esse recorde é o maior número desde o início da pandemia. A ocupação de leitos nas UTIs é de 95%, 187 pessoas esperam na fila por um leito. De acordo com os dados do Censo Hospitalar Público, em todo o estado, são 306 pessoas, sendo 256 esperando por uma vaga na UTI.

Um ano após a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificar a crise sanitária de “pandemia”, em março do ano passado, o país vive os momentos mais críticos em seu sistema da saúde.

Número de internações por conta da Covid-19 aumentou e o sistema de saúde sofre com o Colapso. Foto/EBC

Durante a inauguração do Bio Parque do Rio, o antigo Jardim Zoológico da cidade, o prefeito Eduardo Paes comunicou que deve anunciar novas restrições contra a Covid-19 e estuda fazer lockdown no momento em que o Rio tem recorde de internações nas UTIs.

“A gente vai discutir a possibilidade, sim, de fechamento completo das coisas. Mas, provavelmente, as próximas medidas que vão ser tomadas, dependem do comitê científico, vão valer para todos os setores e atividades econômicas. Obviamente, menos pros essenciais”, relatou o prefeito.

Conforme a Fiocruz, o Brasil vive o pior colapso sanitário e hospitalar de sua história. Em seu mapa de alerta, a fundação mostrou a cidade do Rio de Janeiro em vermelho por conta da alta lotação das UTIs.

A diretora da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm Nacional) e presidente da SBIm-RJ, Flávia Bravo, diz que o que vivemos hoje é consequência do que não foi feito no passado.

“Pela falta de visão de necessidade e urgência, não conseguimos estabelecer negociações para vacinas”, explica Flávia.

A Fiocruz, entregou na última quarta-feira (17) o primeiro lote de doses de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações.

Paulo Roberto Ferreira Machado, enfermeiro aposentando pela Prefeitura Rio e professor Adjunto da Universidade Veiga de Almeida (UVA), exprime que os governantes precisam esquecer as divergências políticas e agilizar o processo da vacinação.

“Nossos governantes precisam, na condução da pandemia, esquecer as divergências políticas, uniformizar as ações em todo país, agilizar o processo de vacinação, aumentar a comunicação e adotar atitudes mais rígidas para benefício de todos”, diz ele, que é professor de Saúde Pública na universidade.

Ministério da Saúde já tem novo ministro
A médica Ludhmila supervisora da área de Cardio-Oncologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora de cardiologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, recebeu uma proposta do Governo para substituir o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, afastado por problemas de saúde.

Contudo a médica, disse que o que governo esperava, não se encaixava no seu perfil. “A minha qualificação, os meus planos e meus objetivos seguem uma linha, que eu acho que é distinta do governo atual. Então só me cabe respeitar e agradecer a oportunidade.”

Com a proposta recusada, Marcelo Queiroga foi escolhido e anunciado como o 4 Ministro da Saúde do governo Bolsonaro desde o início da pandemia, o médico fez seu pronunciamento ao lado do ex ministro Eduardo Pazuello. Em seu discurso, o médico ressaltou a importância das máscaras para prevenção da Covid-19 e ainda elogiou a imprensa. “Sozinho não vou fazer nada”, destaca o atual ministro.

Mateus Almeida Marinho- 8 período

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