A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, nesta quarta-feira (11), o coronavírus como uma pandemia (enfermidade epidêmica amplamente disseminada). O comunicado foi realizado por meio de uma coletiva de imprensa, realizada no início da tarde, pelo órgão e também transmitida pelo Twitter.
“Pandemia não é uma palavra para usar de forma leve ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários. Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada pelo coronavírus. Não altera o que a OMS está fazendo e nem o que os países devem fazer”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS e acadêmico e autoridade de saúde pública.

“Todos os países devem encontrar um bom equilíbrio entre proteger a saúde, minimizar as perturbações econômicas e sociais e respeitar os direitos humanos”, disse ele, durante a entrevista coletiva.
A doença já deixou mais de 4 mil mortos e cerca de 120 mil infectados.
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Segundo a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, disse que a declaração de pandemia não muda as medidas no Brasil. “O país continua com o monitoramento das áreas atingidas e com as iniciativas e protocolos já anunciados. Hoje, o titular da pasta vai participar de comissão geral na casa, onde irá apresentar a deputados informações sobre as ações do governo acerca do problema”, disse.
Veja abaixo a postagem original da Organização Mundial de Saúde (OMS):
Na coletiva da OMS, Dr. Tedros também falou de como os países podem mudar os resultados globais da doença: “No total, 81 países não relataram nenhum caso do Covid-19 e 57 países relataram dez casos ou menos. Não podemos dizer isso em voz alta o suficiente, ou com clareza suficiente: todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia”, reforçou. “Se os países detectam, testam, tratam, isolam, rastreiam e mobilizam seu povo na resposta, aqueles com alguns casos do coronavírus podem impedir que esses casos se tornem aglomerados e esses aglomerados se tornem transmissão da comunidade”.
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Daniela Oliveira, jornalista e professora responsável pela Agência UVA.
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