Cultura Música

Dilsinho: “Quero escrever uma nova história, fora do eixo do pagode”

No Rio2C, maior festival de inovação e criatividade da América Latina, o pagodeiro relembrou do início de sua carreira

Dilsinho, um dos maiores nomes do pagode contemporâneo, marcou presença nesta quinta-feira (13) na Rio2C 2023. Em um painel com mediação da jornalista Bárbara Louise, do canal “Curta!”, o músico falou de sua trajetória artística e sobre a diversidade de seu catálogo, com influências além da roda de samba.

Nascido na Ilha do Governador, zona Norte do Rio, Dilsinho começou a tocar violão bem jovem, com 13 anos de idade. Aos 16, já formou seu próprio grupo de pagode, o Para de Kaô, que marcou presença em barzinhos cariocas.

“Um menino novinho, no meio do samba chamava a atenção”, disse o pagodeiro.

Dilsinho foi descoberto por Andriws Moraes ao abrir um show do grupo Revelação. (Foto: Rafael Alves/NFoto)

Profissionalmente, Dilson começou nas composições e já assinou para nomes como Sorriso Maroto, Thiaguinho e Alexandre Pires. Após se firmar enquanto compositor, o músico decidiu estrear como solista no samba, algo fora do padrão do que era visto no pagode, de grupos como Fundo de Quintal e Exaltasamba.

“Eu não tenho grupo, mas tenho meu violão e minhas músicas”, compartilhou o músico.

Dilson é conhecido como “Diferentão”, apelido ao qual deu título a um dos projetos, um álbum ao vivo, um de seus maiores orgulhos. “Surgiu numa época muito boa da minha carreira. Minha filha tinha acabado de nascer, e eu estava firme na indústria”, disse.

‘Diferentão’ é adequado também do ponto de vista musical, pois o cantor e compositor sempre quis inovar na sua música, incorporando elementos de rock, funk e, até, sertanejo. Muitos outros artistas, fora do samba, procuraram Dilson para realizar colaborações, como Luisa Sonza, Ivete Sangalo e Léo Santana. Segundo ele, isso veio por conta, principalmente, por seu alcançe na internet. “Eu chamei a Ivete para fazer uma música pelo Direct do Instagram”, afirmou o pagodeiro.

“Quero escrever uma nova história, fora do eixo do pagode”, revelou ele para uma plateia atenta.

Mas nem tudo foi fácil para o cantor, que já perdeu contrato com uma gravadora, a Universal Music, que não via potencial de investimento nele. Sua última tentativa de conseguir seguir como cantor e assinar com outro selo se deu a partir de um clipe, gravado em Las Vegas, sem nenhum tostão no bolso. “Foi minha última moeda de troca, para eu me reerguer”. Hoje, Dilsinho faz parte da Sony Music Brasil, a qual está assinado desde 2016.

O clipe de “Se Quiser”, gravado nos Estados Unidos, foi exibido no Multishow, e chamou a atenção da Sony Music. (Foto: Rafael Alves/NFoto)

O artista encerrou dizendo que começou a trabalhar com pessoas fora do ramo da música, mas que estavam dispostas a correr atrás, pois acreditavam no talento de Dilsinho. Hoje, ele é sócio da GH Music, fundada pelo empresário Andriws Moraes, presente na carreira do músico desde o começo.

Foto de capa: Rafael Alves/NFoto

Reportagem de Vinicius Corrêa, com edição de Daniela Oliveira

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