Cinema

“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” foca em luto e protagonismo feminino

O lançamento da Marvel estreia nesta quinta-feira, 10, nos cinemas

O longa “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” dá sequência ao primeiro filme, “Pantera Negra”. Na história inicial, o rei de Wakanda e herói, T’Challa (Chadwick Boseman) derrota seu adversário que usurpou seu trono com o objetivo de tornar Wakanda a nação mais poderosa do mundo. No entanto, os reis de Wakanda possuem uma tradição de manter esse país disfarçado, para que outras potências não ameacem sua segurança. Revolucionário, T’Challa encerra o primeiro filme com uma atitude inesperada: o rei abre as portas de Wakanda para o mundo exterior, oferecendo acordos de paz.

Indo a outro extremo, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” é marcado pelo funeral do rei e herói. A morte do rei T’Challa ocorre somente porque o ator que o interpretava, Chadwick Boseman, faleceu em 2020 aos 43 anos, após o estrondoso sucesso do filme original. Diagnosticado em 2016 com câncer de cólon em estágio 3, ele lutou contra a doença longe das câmeras. Em vez de usar CGI para manter o personagem vivo, o diretor Ryan Googler optou pela morte respeitosa no segundo filme.

Na história, ao mesmo tempo em que a mãe do protagonista, a rainha Ramonda (Angela Bassett), e sua irmã, princesa Shuri (Letitia Wright), lidam com o luto, ambas precisam se preocupar com os interesses vindos de grandes potências mundiais, que buscam obter o poderoso metal Vibranium, principal fonte do poder e da tecnologia de Wakanda, a qualquer custo.

Dorothy Steel, Florence Kasumba, Angela Bassett e Danai Gurira em cena de “Pantera Negra: Wakanda para sempre” (Foto: Divulgação/Marvel Studios)

Na sequência, militares desenvolveram uma máquina que detecta e extrai o Vibranium, e a busca pelo metal leva a uma operação dos Estados Unidos no Oceano Atlântico. Contudo, aqui surgem os principais antagonistas dessa história: o povo aquático de Talokan, superpoderoso, liderado pelo anti-herói príncipe Namor (Tenoch Huerta), que pretende manter o isolamento e a segurança de seus súditos e seu lar. 

Alex Livinalli e Mabel Cadena em cena de “Pantera Negra: Wakanda para sempre” (Foto: Divulgação/Marvel Studios)

No primeiro filme, houve comparações entre Wakanda e a cidade mítica El Dorado. Nessa mesma lógica, Talokan pode ser vista como uma versão de Atlântida, outro mito muito conhecido, mas localizada na América Central, o que confere ao local fictício uma grande representatividade da etnia e da cultura latina. Devido a maior quantidade de Vibranium em Talokan, o povo subaquático possui mais poder tecnológico e poderio militar do que qualquer outra nação, incluindo Wakanda. A partir daí, começam os confrontos do filme.  

Letitia Wright em cena de “Pantera Negra: Wakanda para sempre” (Foto: Divulgação/Marvel Studios)

Além das cenas de ação envolventes, e do claro conflito entre Wakanda e Talokan, o aspecto central do filme se mostra no poder feminino e como cada mulher da vida de T’Challa (mãe, irmã e ex-namorada) lidam com o luto pela morte do personagem. Em um momento, a princesa Shuri afirma que seu irmão sofreu em silêncio. A batalha de Chadwick contra o câncer aconteceu de forma similar. 

Após o falecimento de Chadwick, o diretor de Pantera Negra, Ryan Googler, revelou em entrevista à Entertainment Weekly (EW) que pensou em abandonar o filme. No entanto, em vez disso, ele adaptou a história, que se tornou uma grande homenagem ao amigo.

Apesar do luto ser um tema presente durante todo o filme, ele transmite uma mensagem de amor, esperança e fé. Googler foi capaz de abordar esses aspectos com sensibilidade e delicadeza. De acordo com a história, existe vida após a morte, assim como o recomeço após perder alguém próximo.

Em 2022, após uma pandemia ter sido responsável pela morte de milhares de pessoas, é importante passar perspectivas positivas como essa em um filme que alcança diversos níveis sociais. “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” incentiva a manter valores e focar naquilo que realmente importa: as pessoas amadas.  

“Pantera Negra: Wakanda para Sempre” estreia nesta quinta (10) nos cinemas. 

Ficha Técnica — “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” 

Diretor: Ryan Coogler 

Roteiro: Ryan Coogler, Joe Robert Cole 

Gênero: Ação, Aventura 

Ano: 2022 

Foto de capa: Divulgação/Marvel Studios

Reportagem de Larissa Martins, com edição de texto de Larissa Teixeira

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4 comentários em ““Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” foca em luto e protagonismo feminino

  1. Pingback: Velório de Gal Costa será aberto ao público em SP | Agência UVA

  2. Fiquei com vontade de assistir!

  3. Só me deu mais vontade de assistir!!!

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