“Heartstopper”, nova série com protagonismo queer da Netflix, vem encantando espectadores. A produção, que estreou na sexta-feira (22), é uma adaptação da graphic novel de mesmo nome de Alice Oseman, autora de “Rádio Silêncio” e “Sem amor”.
A história acompanha Charlie Springs (Joe Locke), um garoto assumidamente gay, que passa a sentar ao lado de Nick Nelson (Kit Connor), jogador de rúgbi popular na escola, durante as aulas. Os dois desenvolvem uma forte amizade, e nessa aproximação, Charlie se apaixona por Nick, entrando em um conflito interno por estar gostando de alguém que ele imagina ser hétero. Do outro lado, Nick começa a questionar sua sexualidade e o que sente pelo amigo.

(Foto: Amazon)
Para o estudante de jornalismo Gabriel Miranda (19), a melhor parte da história é a representatividade, já que ela traz personagens de diversas sexualidades e etnias. A série carrega o sentimento de descoberta, e mostra um grupo de adolescentes entendendo o amor na sua forma mais simples.
“É importante porque mostra que pessoas LGBTs existem independente de idade. Nós estamos aqui e isso conta. Quanto mais cedo entendermos que é algo normal, melhor será” afirma Miranda.

(Foto: Divulgação/Netflix)
Bruno Fraga (32), autor da página “Um livro para recordar” diz que a obra foi um presente pra comunidade LGBTQIA+. Para ele, a série trata o tema de uma maneira emocional que não é tão vista em outras produções. Ela apresenta a perspectiva de uma relação real entre duas pessoas que se sentem romanticamente atraídas, sem explorar o que muitos fora da comunidade veem com maus olhos, como a hipersexualização.
Ele também ressalta a importância de ter essa representatividade na mídia, mostrando estas questões para um público que ainda está encontrando seu lugar no mundo. “Eu e meu marido queríamos ter tido mais exemplos como esse, para que algumas situações fossem mais simples para a gente” afirma ele.
Para Ana Luísa Vianna (20), estudante de farmácia, as expectativas para a série eram grandes. A fidelidade ao quadrinho e as poucas modificações foram alguns dos pontos positivos da adaptação “Com certeza teria feito diferença pra minha vivência como pessoa bissexual se tivessem produções assim quando eu tinha 13 anos”, diz Ana.
A série, dirigida por Euros Lyn e produzida por Alice Oseman (a própria autora dos quadrinhos originais), alcançou 100% de aprovação pelos críticos e 98% do público no “Rotten Tomatoes”, plataforma online para avaliação de filmes e séries. A primeira temporada está disponível na Netflix e conta com oito episódios.
Foto de capa: Reprodução/Netflix
Malu Danezi (3ª período), com revisão de Leonardo Minardi (7º período)
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