Na manhã da última terça-feira (15) o Ministério da Saúde atualizou o número de pessoas contaminadas durante a Copa América. De acordo com a atualização, foram confirmados 11 novos casos de covid-19, desde segunda-feira(14). No total, são 52 os casos confirmados. Especialistas da área da saúde comentam.
Brasil ainda está vivendo um momento delicado em relação a pandemia. Para o professor Elson Santos de Oliveira, Coordenador do curso de graduação em Enfermagem da UVA, já era esperado que esse cenário de contaminações acontecesse durante o evento.

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“Diante da situação em que vive nosso país, esse cenário de contaminações já era esperado que acontecesse. Esse contexto ainda se agrava, quando existe uma politização sobre o vírus, onde as autoridades estão favorecendo o entretenimento em detrimento de vidas,” expressa o professor.
Em uma nota oficial, o Ministério da saúde explicou como foram realizados os testes de Covid-19 entre os jogadores e membros de delegações, ainda relatou a real situação em que se encontra o cenário de contaminações durante o evento.
“Foram realizados 3.045 testes de RT-PCR entre jogadores, membros das delegações e prestadores de serviços. Até o momento, 52 casos de Covid-19 foram confirmados, sendo 33 entre jogadores e membros das delegações e 19 prestadores de serviços contratados para o evento. Os casos de prestadores de serviços foram confirmados em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). A positividade de casos por Covid-19 foi de 1,70%”, explicou o ministério.
A primeira seleção a sofrer um surto de Covid-19 na delegação foi a Venezuela. No qual foi adversário de estreia do Brasil, o time desembarcou em Brasília na noite da última quinta-feira(10) e, nos primeiros testes realizados, foram confirmados 13 casos na delegação.

Na opinião de Marcelo Otsuka, Pediatra e Infectologista Coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, a organização do evento deveria ser mais rigorosa em relações aos testes feitos e na forma de como os jogadores se comportam.
“Se a gente for lembrar da bolha da NBA, na qual os jogadores ficaram totalmente isolados, que naquela circunstâncias, se algum atleta saísse e tivesse algum contato externo, automaticamente esse jogador era excluído pelo tempo de quarentena. Dessa forma, essas medidas que seriam ideais que tivessem aqui no Brasil. Mas é praticamente impossível, até pela forma como os jogadores trabalham e como se comportam”, expressa o pediatra.
Após o surto, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) mudou o regulamento da Copa América e acabou com o limite de substituições nos convocados por conta da Covid-19: com isso, cada seleção só poderia substituir cinco jogadores da delegação por causa do vírus. Com essa modificação, a Venezuela convocou 15 novos atletas para a competição.
Após a Venezuela, também foram reportados casos de Covid-19 nas delegações de Bolívia, Peru e Colômbia.
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Mateus Almeida Marinho- 8º período
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