Faltando pouco mais de três meses para o início das Olimpíadas de Tóquio, no Japão, a grande dúvida sobre a realização do evento circula entre os voluntários, colaboradores, imprensa e delegações de países participantes. Apenas 0,4% da população japonesa foi imunizada com as duas doses da vacina contra a Covid-19 e o país encontra-se vivendo uma nova onda da doença.
A possibilidade de os atletas serem vacinados foi vetada, visto a repercussão negativa vinda de veículos de imprensa japoneses. A China até se ofereceu para distribuir doses, mas o Japão negou a proposta. Sem a vacina, os participantes olímpicos internacionais terão de apresentar teste negativo para a Covid-19 assim que chegarem ao país. O exame precisa ser feito 72 horas antes do embarque para o Japão.

A incerteza de medidas protetivas preocupa voluntários e jornalistas que farão a cobertura e trabalharão nos Jogos em julho. Fabio Cadorin, professor de Jornalismo Esportivo da Universidade Veiga de Almeida (UVA), explica quais dificuldades esses profissionais poderão enfrentar mediante a situação da pandemia na cobertura dos jogos.
“Uma das preocupações, no meu entender, é o risco que se tem de os interesses políticos e econômicos que envolvem uma grande competição como são as Olimpíadas, se sobreporem ao interesse de se preservar a vida. A Covid-19 é um problema sério, e esperamos que a preservação da saúde dos participantes seja maior do que questões políticas e econômicas”, disse Fabio.
Além da ansiedade política mediante a realização do evento, como a cobertura dos jogos será feita, é uma grande dúvida. Para Fabio, as estruturas serão diferentes das edições anteriores. Redução do número de jornalistas trabalhando, medidas de distanciamento e uma dificuldade de acesso aos atletas serão adaptações feitas pelo comitê organizador, para evitar a disseminação do vírus. Fabio ainda comenta sobre um possível adiamento dos jogos.
“O mundo vive um momento de incógnita. Não tem como prever o futuro diante desse cenário de pandemia. A probabilidade é que o evento aconteça, visto as divulgações e publicidades, que estão acontecendo a todo vapor, mas ainda é possível um novo adiamento”, opina o professor.
Mesmo com a incerteza de boa parte da população ser imunizada até o início do evento, a decisão de realizar está mantida – até a realização desta reportagem.
Victoria Muzi – 1° Período
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