O marido da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, o príncipe Philip morreu aos 99 anos nesta sexta-feira (9), a causa da morte ainda não foi confirmada pelo palácio de Buckingham, ele completaria 100 anos em junho.
Sua morte foi anunciada por volta de meio-dia, horário de Londres (8 horas no Brasil), em um comunicado emitido pelo Palácio dizendo que Philip morreu tranquilamente nesta manhã no Palácio de Windsor e que os próximos anúncios serão feitos no tempo devido.
“É com muito pesar que Sua Majestade, a rainha Elizabeth II, anuncia a morte de seu querido marido, Sua Alteza Real, o príncipe Philip, duque de Edimburgo”, disse o palácio em um comunicado.
Em fevereiro o duque passou mal e teve que ser internado por medidas de precaução, mas precisou passar por uma cirurgia cardíaca devido a um problema cardíaco preexistente, o procedimento foi bem-sucedido e ele obteve alta um mês depois.
O velório será realizado na capela de São Jorge, no castelo de Windsor, não será um funeral de Estado e não haverá um velório aberto ao público diante das circunstâncias decorrentes da pandemia do covid-19. Ele será enterrado neste castelo, onde estão enterrados dezenas de integrantes da realeza britânica, a pedido dele mesmo.
O Reino Unido está em luto oficial, com bandeiras a meio mastro e apresentadores de canais de notícias usando roupas pretas e todos os eventos oficiais envolvendo a realeza serão suspensos segundo os protocolos.
“A família real se une ao povo ao redor do mundo no luto por sua perda.” esclareceu em comunicado.

Foto: Henry Nicholls/Reuters
História do Duque de Edimburgo
O Príncipe Philip nasceu na ilha de Corfu na Grécia, em 10 de junho de 1921, também conhecido como bisneto da rainha Victoria, legando uma dupla filiação nobiliárquica de seu pai príncipe André da Grécia e da Dinamarca, já sua mãe, Alice de Batemberga era de família aristocrática alemã. Em dezembro de 1922 foi retirado da ilha com toda a família em um navio britânico após derrota na Guerra Grego-Turca.
Teve uma infância sem muito contato com a mãe que foi mandada para um asilo, passando então a viver parte da vida em pensionatos e colégios internos, dedicando-se aos estudos, na Alemanha e logo depois na Escócia.
Mais tarde, aos 18 anos, em 1939 se tornou cadete da Marinha britânica no Colégio Naval de Dartmouth, continuando os estudos sobre guerra naval no Reino Unido e teve participação ativa na Segunda Guerra Mundial. Também em 1939 conheceu a rainha através de uma visita da família real em Dartmouth e desde então ele e Elizabeth mantiveram uma relação por cartas.
Em março de 1947 Philip abandonou seus títulos e em novembro deste mesmo ano se casou com Elizabeth sendo então nomeado como o Duque de Edimburgo. Foi enviado a Malta, acompanhado de sua esposa, mas sua ascensão na carreira militar foi interrompida logo após a morte do rei George, em 1952, que levou o coroamento da mulher, obrigando-o a renunciar sua carreira se tornando príncipe-consorte.

Foto: Reprodução/ Fiona HANSON /AFP via getty images
Desde então, ele desempenhou um papel secundário ao lado da rainha, acompanhando em visitas e eventos oficiais. Com o desligamento militar Philip procurou aprimorar atividades ao ar livre e esportes que gostava, além de aprender a pilotar.
O casal teve quatro filhos, nascidos entre 1948 e 1964, o príncipe Charles, a princesa Anne, o príncipe Andrew e o príncipe Edward. E uma longa vida juntos, completaram 70º aniversário de casamento em 2017, a rainha se tornou a primeira monarca a comemorar um aniversário de casamento de platina.
“O príncipe Philip é o único homem em todo o mundo que trata a rainha como um simples ser humano”, contou certa vez o ex-secretário privado de Elizabeth II, Lord Charteris. “É o único que se pode permitir. E isso agrada a ela”, acrescentou.
Desde de agosto de 2017 que o Duque se aposentou de seus deveres reais, aos 96 anos, durante todo este período ele esteve em mais de 20 mil compromissos oficiais.

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