Após oito meses fechadas, as escolas da Rede Municipal do Rio voltaram a funcionar na última terça-feira (17). No total, 61 mil estudantes retornaram às aulas presenciais em 427 unidades do município. O retorno não é obrigatório e os alunos podem permanecer estudando em casa por meio do ensino remoto.
A Secretaria Municipal de Educação (SME), recebeu autorização do Comitê Científico da Prefeitura para o retorno às aulas. Neste momento, somente alunos do 9° ano do ensino fundamental, do último ano do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA) e da categoria Carioca 2 (projeto de correção de fluxo) voltam a estudar de forma presencial.
Distribuição de álcool em gel, uso obrigatório de máscaras, espaços das unidades redimensionados para respeitar o distanciamento e Protocolos da Vigilância Sanitária, foram as regras adotadas para o retorno das atividades.
A retomada das aulas repercutiu nas redes sociais com comentários controversos quanto a decisão da Secretaria Municipal de Educação:
A professora de educação física, Marcela Fernandes, considera que o retorno às aulas presenciais causa exposição a diferentes vulnerabilidades, como o risco de contaminação no transporte público. Impossibilitada de usar a quadra e compartilhar objetos, ela optou por realizar uma dinâmica com os alunos da Escola Municipal Herbert Moses. A professora ainda comenta o que achou sobre a decisão da Prefeitura de retornar com as aulas presenciais ao fim do ano.
“Eu acredito ser uma exposição desnecessária do aluno, do servidor e de todos aqueles envolvidos, uma vez que pedagogicamente isso não interfere mais no processo ensino-aprendizagem na atual data”, conclui Marcela.

Milson Gomes, de 17 anos, aluno do Colégio Estadual Professor José de Souza Marques, na Zona Norte do Rio, acredita que não há pontos negativos na volta do ensino presencial, apenas discorda que o retorno tenha acontecido já no fim do ano. Ele ainda diz não se preocupar com o coronavírus e acredita que boas coisas podem acontecer na volta ao colégio. “Não vejo pontos negativos, os riscos de saúde são contidos pelas medidas de prevenção do colégio. A possibilidade de rever meus amigos e estudar presencialmente na escola são os principais pontos positivos para mim”, diz Milson.
O Sindicato dos Profissionais da Educação se manifestou contra o retorno. Na última segunda-feira (16), foi realizada uma assembleia virtual com profissionais, que votaram contra a volta das atividades presenciais e a favor da permanência do ensino remoto.
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João Henrique Reis – 4° período
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