Paralisadas desde março devido à crise do coronavírus, as aulas laboratoriais da Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Campus Tijuca, retornaram para o formato presencial no mês de setembro.
A volta foi planejada por meio de reuniões entre a Reitoria e a Procuradoria Institucional. O detalhamento e procedimentos das ações foi definido pelas direções dos campi, coordenadores de curso e diretoria de operações, com intuito de implementar protocolos de biossegurança para prevenção de contaminação da Covid-19, respeitando as diretrizes do Ministério da Educação (MEC).
Beatriz Balena, Reitora da universidade, diz que no mês de agosto uma reunião da área de Recursos Humanos com o corpo docente e técnico-administrativo foi realizada para informar as medidas de biossegurança já implementadas no Campus Tijuca, fazendo um treinamento para o retorno.
No mesmo mês, a diretora do Centro de Saúde Rita Leniza e a Engenheira de Segurança do Trabalho, Carla Freire, se reuniram com os professores dos cursos que iriam retornar presencialmente, para alinhamento das medidas de segurança como a frequência de limpeza dos ambientes, equipamento de proteção individual (EPIs) obrigatórios e horários de ocupação. A reitora informa mais detalhes de como foi proposto o retorno:
“Uma comissão, formada por treze professores do curso de Odontologia, promoveu capacitação docente e discente de biossegurança, para o retorno às atividades laboratoriais e clínicas. As orientações foram para desde o momento de saírem de suas residências, ate a chegada aos laboratórios e clínicas, além da saída do Centro de Saúde da Universidade Veiga de Almeida (CSVA)”, conta Beatriz.

Além disso, o Centro de Saúde passou por uma grande adequação de espaço para prática segura das atividades, além da criação de protocolos sanitários como o controle no número de ocupantes, aferição de temperatura, monitoramento do estado de saúde de alunos, funcionários e pacientes. Sem falar na obrigatoriedade de desinfecção das mãos com álcool gel 70%.
Já em setembro, o curso de Enfermagem utilizou a quadra poliesportiva para treinamento de paramentação e desparamentação de EPIs para os estudantes que fariam estágio.

Com o retorno das aulas laboratoriais, alunos da Veiga comentaram sobre as medidas de prevenção impostas e relataram que se sentiram em segurança. Uma estudante do curso de Biomedicina que prefere não se identificar, diz que ficou receosa no início, pois utiliza transporte público para ir às aulas, mas se despreocupou quando percebeu que o horário em que pega o metrô, ele costuma estar vazio. Ela ainda evidência a importância do retorno das aulas laboratoriais.
“Principalmente nessas disciplinas (Anatomia e Tecidos) é importante ser presencial, pois há contato com peças e com o microscópio. Dessa forma, não seria possível realizar a prática com o ensino à distância”, afirma a estudante.
Em um primeiro momento, cursos da área de Saúde foram os que retornaram com a prática, são eles: Odontologia, Biomedicina, Enfermagem, Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia. A partir do dia 26 de outubro, a reposição presencial das aulas práticas de cursos de outras áreas iniciará, como o curso superior de Moda.
Apesar do comunicado sobre o retorno às aulas para as reposições práticas, os alunos que não se sentem aptos ou se encontram impossibilitados (caso tenham alguma doença ou co-morbidade que ofereça riscos à saúde) podem apresentar suas situações ao coordenador do curso.
O anúncio do retorno às aulas nos laboratórios foi oficializado por um comunicado via e-mail da instituição e pelos professores de cada disciplina, por meio de mensagem padronizada na plataforma virtual CANVAS. Um dos alunos que foi avisado sobre a reposição prática foi Alec Braion, de 22 anos. O estudante de Biomedicina conta que reagiu com estranheza ao retornar para a Veiga após meses sem aulas presenciais.
“Você acaba tendo um certo costume com o ensino remoto, e voltar só para repor as aulas práticas deu aquele sentimento duvidoso de saber como seria ter tido essas aulas remotamente”, comenta Alec.

Retornar sim, mas com segurança
Antes do retorno às aulas práticas, a instituição fez uma série de indagações e discussões internas com o intuito de compreender as vantagens dessa volta. De acordo com a Reitora Bia Balena, o retorno é de grande importância para os alunos, já que terão a possibilidade de continuar sua formação em um ambiente seguro, sem atrasar a graduação. Para a Universidade, é a certeza de que ofereceu um ensino de qualidade, preservando o ano letivo, mesmo com todos os desafios e adequações necessárias, respeitando os protocolos de biossegurança.

Esther Gonçalves, aluna de Nutrição, é uma das que acharam a volta vantajosa. A jovem de 20 anos conta que seu sentimento com o retorno das aulas presenciais é de alívio, e que o conteúdo aprendido no ensino virtualizado ainda está fresco na memória, o que torna a prática bastante proveitosa.
“Faz toda diferença a aula presencial. É praticamente impossível aproveitar a matéria por inteiro fazendo ela apenas à distância, principalmente para área da Saúde”, reflete Esther.
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*Matéria produzida pelos alunos João Henrique Reis, José Paulo Gonçalves e Rochelle Silva para a disciplina Jornal Online, ministrada pela professora Daniela Oliveira.
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