Esporte

Eleição no Vasco é marcada por polêmicas

Candidatos Leven Siano e Jorge Salgado esperam resposta da justiça para descobrirem quem será o novo mandatário do clube

Com tumulto e confusão política, as eleições presidenciais do Vasco se tornaram mais uma vez sinônimo de polêmica. Uma disputa histórica, já que é a primeira eleição direta do clube desde 1921, porém, o fato não impediu uma série de acusações e intervenções judicias.

A polêmica começou na noite de sexta-feira (6/11), quando uma decisão judicial determinou que as eleições presidenciais acontecessem na manhã seguinte (7/11). O pleito presencial, em São Januário, foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entretanto, a mesa diretora da Assembleia Geral decidiu seguir com a votação, que teve vitória do candidato Leven Siano, com 1.155 votos. Além disso, houve grande confusão nos arredores do estádio.

Contudo, a eleição foi declarada inválida e um novo pleito foi realizado, desta vez on-line. O voto poderia ser dado remotamente ou na sede do Calabouço, no centro do Rio. Leven Siano não disputou, pois acreditava que a eleição havia sido concluída no último sábado (7). O advogado tentou reconhecer vitória a qualquer custo, com pedidos de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), que não foram prosseguidos após decisão da ministra Cármen Lúcia.

Com apenas Jorge Salgado e Júlio Brant na disputa eleitoral do último sábado (14), o primeiro venceu com 1682 votos. Diversos integrantes da mesa diretora da Assembleia Geral Ordinária, como o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, não reconhecem a eleição on-line como válida.

Jorge Salgado, no meio, comemora vitória. Foto: Divulgação Mais Vasco

Dessa forma, existem vitoriosos de duas votações. Salgado, vencedor da disputa on-line no último fim de semana. E Leven Siano, o mais votado na eleição presencial. Ambos candidatos afirmaram que vão deixar a área jurídica agirem e esperam que seus resultados sejam reconhecidos.

O Advogado e Estudante de Jornalismo, Bruno Sadock, diz que a eleição do Vasco se tornou judicializada há mais de dez anos, já que os candidatos sempre tentam romper com o sistema. Além disso, ele afirma que os antigos conselheiros do clube tentam contaminar o ambiente com a criação de narrativas, como eleições maculadas. Bruno ainda comenta sobre o sistema das últimas administrações cruz-maltinas.

“O Vasco é uma espécie de milícia. O clube vive um feudalismo há quase 20 anos, com os gestores detendo todos os poderes para si”, explica Bruno.

Não é a primeira vez que as eleições do Vasco são rodeadas por batalhas judiciais. O atual presidente Campello ganhou a alcunha de “golpista” após aliança com apoiadores de Eurico Miranda, em 2017. Eurico, que era um dos principais nomes políticos do clube, também se envolveu em muitas irregularidades de processos eleitorais em seus anos como mandatário.

Eurico Miranda teve vida política conturbada no Vasco. Foto: Wikimedia Commons

O Vascaíno de 19 anos, Mateus Viana, conta que dívidas, desvios de verbas e más administrações anteriores explicam a crise econômica do clube. O jovem também aborda quem seria o melhor nome para assumir a presidência do Vasco. “A melhor opção seria um outro candidato com propostas melhores. Entre Leven e Salgado, prefiro o Salgado, já que o Leven quer cortar dívidas com empréstimos, sendo que o Vasco já está endividado”, diz Mateus.

Repórter das rádios Web Total e Grande Rio, Bruno Villafranca não vê uma solução imediata para o atual quadro político-econômico do Vasco, mas considera necessário muito trabalho para o clube voltar a gerar lucro. Ele ainda comenta que independente de quem assumir a presidência, torce para que o Vasco volte com sua tradição de disputar títulos.


“Torço para que o Vasco volte ao topo do futebol carioca e brasileiro. O Vasco é muito maior que qualquer profissional que ali esteja”, declara Bruno.

Enquanto espera por uma decisão da justiça para descobrir quem será seu novo presidente, o Vasco se prepara para o duelo contra o Fortaleza na próxima quinta-feira (19), pelo Campeonato brasileiro.

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João Henrique Reis – 4° período

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