No dia 17 de agosto, o sindicato dos trabalhadores dos Correios, após uma assembleia feita na noite do mesmo dia, tomou a decisão de começar uma greve alegando não ter chegado a um acordo quanto à proposta de reajuste salarial, e também por ser contrário à privatização da empresa. Também foi dito pelos trabalhadores que havia falta de equipamentos para proteção, álcool gel e material para testes do Covid-19. Eles ainda tinham interesse no restabelecimento do atual acordo coletivo, que tinha duração até 2021. O estado de greve se alastrou por quase todo o país.
No dia 21 de setembro, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou um reajuste salarial de 2,6% para os trabalhadores dos correios, determinando a volta das atividades nesse mesmo dia, com direito à multa diária de 100 mil reais a quem descumprisse a ordem. Porém, ainda não houve o fim definitivo da greve em todo o país. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ainda está no processo de definir como ficará a paralisação.

(Foto: reprodução / Sindipetro RJ)
Após a determinação do fim da greve, foi informado pelos Correios que 92,7% dos funcionários voltaram a trabalhar normalmente. Ainda há uma parte que não finalizou a greve, alegando que suas reivindicações não foram acatadas, e ainda se posicionam contrários à política de privatização da estatal. A partir do dia 23, os entregadores voltam ao trabalho em mutirões para compensar o fluxo de encomendas e cartas que, ao ser paralisado, afetou a população.
Com profissionais das parte administrativa e operacional, os mutirões serão feitos para ressarcir as horas não realizadas, por determinação do TST. É aconselhável que os consumidores esperem que as encomendas cheguem aos seus destinos – não indo até as agencias – a fim de se evitar aglomerações. Recomenda-se fazer o acompanhamento do produto pelo site dos correios e, em casos extremos, entrar em contato pelos sites oficiais usando o código de rastreamento.
“Vamos acreditar na luta sempre e observar o que tem de remédio jurídico para a gente. Perdemos essa batalha, mas muitas ainda virão. Há muitos desafios pela frente, como não deixar a empresa ser vendida”, José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect, afirma que, apesar do fim da paralisação, a classe trabalhadora ainda lutará pelo o que achar justo.
A situação da greve, que durou mais de um mês, afetando clientes que compraram produtos ou esperavam cartas, acabou momentaneamente devido ao TST ter acrescido 2,6% ao salário dos trabalhadores da estatal. Mas como afirmam alguns funcionários, ainda não desistirão de lutar pelo o que eles consideram legítimo. Isso vai continuar afetando os clientes, visto que com as greves alguns produtos não são entregues no prazo e, pode haver interferência na nossa economia. É algo que não se resolverá do dia para a noite.
Rafael Barreto – 8º período
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