Prefeito reconheceu que gestão não planejou ações contra o temporal. Chuva deixou cinco mortos, além de causar diversos danos e problemas aos cariocas
A chuva que deixou cinco mortos no Rio de Janeiro entre a noite de segunda-feira (8) e esta terça-feira (9), segue causando dificuldades na vida dos cariocas. Em pronunciamento à imprensa nesta manhã, o Prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), admitiu que sua gestão falhou na previsão e no controle de danos das chuvas.
“É muito difícil, quando a chuva é forte, como foi nessa noite, que a gente consiga evitar todo esse caos, mas a Prefeitura está atenta, com todas suas equipes na rua reparando. E espero que, de madrugada, a gente consiga fazer com que a cidade volte à normalidade” disse Crivella.

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De acordo com o Cientista Político e professor da UVA, Guilherme Carvalhido, do ponto de vista prático a atuação da Prefeitura neste episódio não pode ser classificada nem como positiva, nem como negativa, mas sim necessária. “Se analisarmos historicamente a atuação da Prefeitura do Rio é negativa, pois não faz planejamento sobre eventos climáticos na cidade em que sempre aconteceu esse tipo de situação”, diz.
Crivella alegou que equipamentos para a desobstrução da rede pluvial foram encaminhados para os locais onde seriam usados para reparos – apesar disso, ficaram presos no trânsito e por isso não conseguiram chegar as áreas mais críticas mais cedo. Bombeiros trabalham no morro da Babilônia, no Leme, na Zona Sul da cidade, para resgatar o corpo de um homem que foi soterrado por um deslisamento.
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O temporal também causou um novo desabamento em um trecho da ciclovia Tim Maia. Inaugurada em janeiro de 2016, a estrutura sofreu uma queda pela quarta vez desde então. Crivella atribuiu o fato a “imprevistos”.
Também em seu pronunciamento, o prefeito ainda disse que a Prefeitura estava “atenta” e com vários órgãos em funcionamento para minimizar os efeitos do temporal.
Carvalhido chama a atenção do que deve ser feito para evitar novos danos e perdas como essas em próximos temporais. “De forma imediata, contenção das encostas e liberação do escoamento das águas das chuvas com um novo sistema. Além de construir grandes piscinões em regiões problemáticas como o Jardim Botânico, por exemplo”.
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Matheus Marques – 7o período
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