Na última segunda-feira (13), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flavio Dino, esteve na Nova Holanda, uma das 16 favelas pertencentes ao Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e se reuniu com líderes e organizações locais. O encontro ocorreu no Galpão RITMA, um dos espaços da ONG Redes da Maré.
Durante a visita, Dino teve acesso a dados da 7ª edição do boletim “Direito à Segurança Pública na Maré”. A publicação foi construída a partir do projeto “De olho na Maré” e, desde 2016, vem observando os impactos da violência armada no conjunto de favelas que constituem o complexo.

Ainda, as instituições presentes aproveitaram o momento para entregar uma carta com diversas recomendações ao ministro. Uma delas pede que as ações policiais sigam as orientações da ADPF das Favelas, iniciativa popular que visa enfrentar a violência policial no Rio de Janeiro, assim como determinou o Supremo Tribunal Federal.
De acordo com Dino, a visita irá ajudar a compreender os impactos da violência armada na vida dos moradores. Além disso, ele salientou a relevância da pesquisa e da coleta de dados por parte da população.
“Os dados do boletim estão sendo incorporados ao patrimônio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Só é possível executar ações eficientes e corretas ouvindo a sociedade. O boletim é uma espécie de mapa que vai nos ajudar no combate à violência e na implementação de uma cultura plena da paz e dos direitos humanos no Brasil”
A mais nova edição do boletim reúne dados relativos às operações policiais e aos confrontos armados ocorridos durante todo o ano de 2022. Os interessados podem baixar a pesquisa no site Redes da Maré.
Foto de capa: Divulgação/Redes da Maré
Reportagem Anne Rocha, com edição de texto de Daniel Deroza
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Bom dia! Vivi na Maré durante 41 anos fui nascido e criado na Maré , sou da época que ainda com todas as dificuldades tínhamos um pouco de lazer,hj isso é precário. Morei na Rua Aymre a antiga Rua. A nova holanda oro a Deus,para que um dia essa violência absurda acabe em nossa comunidade,brincávamos de pique jogamos bola de gude jogamos pião soltavamos pipa etc… tínhamos infância coisa que hj meus netos não tem, tenho fé que um dia com o esforço do poder público essa realidade possa voltar, sou trabalhador chefe de família e sobrevivi a tudo que hj para amigos sobrinhos filhos de amigos e familiares fica mais difícil para suportar, Deus tem um olhar muito especial pela nossa comunidade Nova holanda com fé alcançarmos nossos objetivos.
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