Eleita por unanimidade pela assembleia de governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), a ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, iniciou seu trabalho como presidente do Banco do Brics nesta terça-feira, 28. Ela visitou a sede do Banco, em Xangai, na China, e fez sua primeira reunião oficial após assumir o cargo. Dilma substitui o economista Marcos Troyjo, indicado para o posto em 2020 pelo governo de Jair Bolsonaro.
Aliás, Dilma Rousseff, que também é economista, já vinha sendo cogitada para algum cargo no governo, principalmente na área econômica, desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu terceiro mandato, em janeiro de 2023. Nos dois governos anteriores do petista, ela já havia sido ministra de Minas e Energias e chefe da Casa Civil.
Com isso, em meados de fevereiro deste ano, Dilma foi anunciada como a escolha de Lula para o função no NDB; a indicação foi feita após Marcos Troyjo renunciar ao cargo a pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ela, então, passou por algumas sabatinas com os ministros da economia dos outros principais países que compõem o bloco econômico (Rússia, Índia, China e África do Sul) e foi anunciada oficialmente como presidente do banco no dia 24 de maio.
O posto na presidência do NDB é revezada entre os cinco países membros do bloco, e, depois da escolha, os outros quatro indicam, cada um, uma pessoa como vice-presidentes do “Banco do Brics”. Além destes cargos, a organização conta com um conselho de governadores e um conselho de diretores.
Portanto, após a oficialização da escolha, o Novo Banco de Desenvolvimento destacou, em comunicado oficial, que Dilma trabalhou para garantir a estabilidade econômica do país e a geração de novos empregos durante seus mandatos como presidenta do Brasil. A instituição salientou, também, a participação do país em diversos fóruns internacionais de proteção do clima e a ampliação das cooperações com várias nações da América Latina.
“Promoveu o respeito à soberania de todas as nações e a defesa do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da paz.” diz um trecho da nota.
O banco, agora presidido por Dilma, foi fundado oficialmente em 2014, durante a sexta edição da cúpula dos Brics, que aconteceu em Fortaleza (CE), com o objetivo de apoiar financeiramente projetos de desenvolvimento e infraestrutura dos países membros do bloco econômico e de outras economias emergentes.
Assim, a instituição passou a funcionar em julho de 2015 com um capital de 50 bilhões de dólares, divididos igualmente entre as nações participantes. O Brasil obtém ganhos econômicos com sua participação a partir do financiamento de obras internas e da participação de empresas brasileiras em processos de licitação, financiados com recursos do NDB, nos outros países membros do Brics.
Como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma deve se mudar para Xangai para finalizar a gestão brasileira, que dura até julho de 2025. Ela receberá um salário em torno de 2,6 milhões de reais ao ano, além de outros benefícios.
Foto de Capa: Divulgação/New Development Bank
Reportagem Gabriel Ribeiro, com edição de texto de Daniel Deroza
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Nossos parabéns a Dilma Rousseff, pois como economista certamente ela será perfeita para o cargo.
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