As indicações para a edição de 2023 do Grammy Award norte-americano foram divulgadas nesta terça-feira (15). A presença — e ausência — de alguns dos principais artistas da indústria fonográfica atual chamou a atenção nesta semana.
Em transmissão ao vivo, foram apresentadas as 91 categorias da premiação. Beyoncé foi o principal nome da lista, com o maior número de indicações. Foram 9 categorias, todas pelas músicas do seu aclamado álbum “Renaissance” (Parkwood, 2022).
A artista de Houston acumulou, assim, 88 indicações ao prêmio em toda a sua carreira, o que torna a “Queen B” o nome mais indicado na história do prêmio. Atualmente, Beyoncé já possui 28 gramofones e, se nesta próxima edição ela ganhar ao menos quatro, se tornará também a artista mais premiada de todos os Grammys, ultrapassando o falecido condutor de música clássica Georg Solti.
Tal conquista foi motivo de festa para a Beyhive, o fandom da cantora de “Break My Soul”. Como apontado por fãs da cantora nas redes sociais, apesar de o último disco de Beyoncé, praticamente, não possuir divulgação (sem apresentações ao vivo e sem videoclipes, atitude recorrente nos seus trabalhos recentes, ela ainda assim atingiu o feito.
Porém, isso não deteve os Beyfans do medo de sua diva perder, mais uma vez, a categoria de álbum do ano. O medo vem pela imprevisibilidade da bancada do Grammy em dar o prêmio principal para alguém que não seja a Queen B, após ela se provar inúmeras vezes como uma das principais artistas da atualidade. Junto disso, há a carga do júri em premiar um artista branco, com um trabalho não tão bom quanto o de um artista negro, como ocorreo recentemente com Kendrick Lamar e Janelle Monáe.
A concorrente Adele, conhecida por sempre levar nas categorias principais quando indicada (ela já possui 15 prêmios, com 18 indicações). Neste ano, a britânica foi nomeada em sete categorias. Alguns fãs de Beyoncé clamam que “Renaissance” é bem mais ‘revolucionário’ que “30”, recente álbum de Adele.
A autora de “Easy on Me” ficou como a terceira mais indicada nessa edição, empatada com a cantora de música country, Brandi Carlile. O rapper norte-americano, Kendrick Lamar, foi indicado em 8 categorias, incluindo Álbum do Ano.
Quem também marcou presença na lista de indicados foi a cantora Anitta, que concorre pela primeira vez, em sua carreira, à um Grammy. A artista está entre os dez indicados à categoria de Melhor Artista Revelação, junto de nomes como Latto, Måneskin e Omar Apollo. Muitos internautas celebraram a possível vitória de uma brasileira, em uma premiação dominada por artistas norte-americanos, após 57 anos desde a última vez em qualguém do Brasil foi indicado na cerimônia.
Para os internautas que não são muito fãs da cantora, surge uma pulga atrás da orelha. Eles alegam que os “anitters” utilizaram a indicação para reforçar a chamada “síndrome de pioneirismo” de Anitta, após ela já ter declarado que foi a responsável por levar o funk para o mercado “mainstream”, assim como por popularizar o reggaetón no Brasil. Isso não passou despercebido, especialmente depois de um usuário do Twitter dizer que a cantora de “Vai Malandra” foi a primeira artista feminina brasileira indicada a categoria em que ela concorre, de “Best New Artist”. A confusão se deu pelo desconhecimento de que Astrud Gilberto é, na verdade, uma mulher.
Anitta, Beyoncé e Adele marcaram forte presença na lista de indicados dessa edição do Grammy Awards. Mas, para a revolta de muitos, a espanhola Rosalía, dona do disco mais aclamado pela crítica do ano, o “MOTOMAMÍ” (Sony Music, 2022), aparece somente em uma categoria secundária (“Melhor Disco Latino de Rock ou Alternativo”). A cantora já venceu, nessa mesma categoria, o seu primeiro gramofone, pelo seu segundo álbum “El mal querer” (Sony, 2018). Internautas não deixaram barato.
Quem também se pronunciou sobre a “esnobada” contra Rosalía no Grammy foi o renomado produtor Pharrel Williams, em seu Instagram, nesta quarta-feira (16).
A cerimônia da 64° edição do Grammy Awards ocorrerá no dia 5 de fevereiro de 2023, em Los Angeles.
Foto de capa: Reprodução/Papel Pop
Reportagem por Vinicius Corrêa, com revisão de Gabriel Folena
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Agência UVA 
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