Cultura

Primeiro final de semana da Bienal começa recebendo prestigiados escritores brasileiros

Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Ana Maria Machado, Helísa Buarque de Hollanda e outros participam das mesas deste sábado

Deu-se início nessa sexta-feira (03) a 20º edição da Bienal no Rio de Janeiro. O evento que acontece no Riocentro, na Barra da Tijuca, reúne um total de 85 editoras e 140 selos, além de livrarias, distribuidores e lojas de e-commerce. Ao longo deste sábado (4) a Bienal contou com diversas atividades para o público.

Durante dez dias, o maior evento literário do país, traz programações para todas as idades. O segundo dia da festividade foi marcado pela presença de Ana Maria Machado, Heloisa Buarque de Hollanda, Lulu Santos, entre outros convidados. As mesas debateram sobre narrativas nas mídias, desigualdade e música.

Convidados e Mediadora da palestra “Em todas as mídias”. Foto: Reprodução / Plataforma digital da Bienal do Livro

A palestra intitulada “Em todas as mídias”, que começou às 15h deste sábado, dispôs da participação das autoras Paula Pimenta e Thalita Rebouças, nomes consagrados na literatura juvenil. Além disso, o cantor Vitor Kley que recentemente publicou um livro infantil intitulado “A turma do Menino Sol”, também esteve presente. A mediação foi realizada pela diretora e autora Leticia Pires.

Os participantes discursaram sobre como as histórias que escreveram os levou a explorar outros campos como a música, o cinema, e até mesmo outros ramos da literatura. Atualmente com as múltiplas telas, é possível alcançar um número maior de pessoas, e como seres humanos criativos eles não precisam se limitar a uma só carreira, com a possibilidade de ter várias estreias ao longo da vida.

Com relação ao questionamento “Que História queremos contar a partir de agora?”, os escritores falaram sobre o período difícil que a sociedade está passando, por conta da pandemia da Covid-19, e o valor de praticar a empatia.

“Eu gostaria de contar histórias que abraçassem as pessoas e mostrassem a importância da gente se colocar no lugar do outro”, disse Thalita Rebouças.

Autora Thalita Rebouças durante a palestra “Em todas as mídias”. Foto: Reprodução / Plataforma digital da Bienal do Livro

Já o cantor Vitor Kely falou que deseja encorajar as pessoas a ser o que quiserem ser. A autora Paula Pimenta, que participou da mesa de forma virtual, expressou a vontade de deixar um mundo melhor para a próxima geração. Quando abordados sobre como lidar com os desafios de ser escritor, todos os três incentivaram a persistência e dedicação ao sonho.

Os conselhos foram para escrever todos os dias com ou sem inspiração, mas com o coração, e principalmente, não desistir. Thalita também aproveitou para fazer um alerta. “Às vezes a gente tem mil opiniões boas sobre o nosso trabalho e uma ruim, então não podemos nos deixar afetar pela opinião negativa. O povo julga e tudo bem”. Já a escritora Paula compartilhou sua experiência.

“Quando eu comecei a escrever eu não pensava em publicar, eu pensava em fazer um livro que eu gostaria de ler. A primeira editora que fui me disse que meus livros não iriam agradar ninguém, hoje tenho 20 livros publicados. Precisamos diferenciar as críticas construtivas das críticas gratuitas” disse Paula.

Após essa palestra, às 17h, deu-se início a outra mesa. Intitulada “FLUP – Da periferia para o centro. Do Centro para a periferia”, a atividade teve mediação de Heloisa Buarque de Hollanda e Ana Maria Machado, e os convidados Yasmin Thayná, Rodrigo Santos, Jessé Andarilho e Monique Nix.

Os seis integrantes estavam presentes na primeira edição da “FLUP – Festa Literária das periferias”, e em 2021 comemoram os dez anos da festividade que também tem como tema central, os livros.

Os participantes contaram um pouco de como a FLUP criou várias oportunidades para que eles avançassem nas carreiras. Yasmin Thayná, hoje diretora de cinema, relata ter vivido uma experiência múltipla com o evento, pois participou das turmas e também trabalhou no encontro.

Foi na época da primeira edição que ela publicou um conto que futuramente foi inspiração para um curta-metragem “A FLUP me deu a autoestima de subir no placo e me ver com beleza”, contou Yasmin.

O escritor Jessé Andarilho, que como os outros chegou na FLUP em 2012. Na época o autor escrevia um romance, mas sentiu necessidade de ir atrás de algo a mais.

“As pessoas falavam pra mim que eu precisava fazer networking, eu ignorei, nem sabia o que é isso, eu fui fazendo amizade.” contou o Jessé.

Já Monique Nix escreve e recita poesias, além de hoje ter aberto um negócio próprio. Para o autor Rodrigo Santos, escrever foi uma forma de se ver representado nos livros. “Escrever é um ato muito solitário, então a FLUP criou uma teia de afetos muito importante pra mim” completou.

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Beatriz Pontes – 7° período

Com revisão de Bárbara Souza – 8° período

2 comentários em “Primeiro final de semana da Bienal começa recebendo prestigiados escritores brasileiros

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