O jornalismo político também esteve em pauta num dos bate-papos do 1° Prêmio de Jornalismo da UVA. Na última quarta-feira (27) à noite, o Doutor em Comunicação e professor da universidade, Eduardo Bianchi, mediou a conversa dos editores da Globo News, Aldir Cony e Marina Ferreira. Eles relataram experiências, deram dicas sobre o jornalismo político e responderam a várias perguntas dos discentes.

Os convidados começaram a conversa se apresentando e contando um pouco da trajetória profissional que eles cursaram. Marina Ferreira é formada pela PUC-Rio, estagiou na faculdade e aconselhou todos a aproveitarem o máximo possível das oportunidades ofertadas durante a graduação.
Aldir Cony, estudou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e posteriormente trabalhou na redação de um pequeno site e na emissora Band.
Questionado sobre o fazer jornalístico no decorrer da pandemia, Cony comentou:
“Muita coisa mudou exceto uma, o jornalismo. Nosso trabalho na busca por informação”, disse Aldir.
Para o editor, a principal dificuldade foi lidar com a falta de confiança nas informações repassadas pelo governo. A solução encontrada, nesse caso, foi a união dos veículos em um consórcio, em que cada um ficou responsável pelas informações de uma região e assim puderam repassar ao público.
Diante do momento político do País, Marina afirmou: “o jornalista é um defensor dos direitos humanos, nós fazemos um juramento e não pode existir neutralidade quando um direito humano é violado”. Aldir complementou, dizendo que não há imparcialidade na profissão, pois cada jornalista tem sua vivência, mas, como profissionais, precisamos buscar um afastamento e se comprometer a não defender nenhum lado.
“Também é preciso entender que algumas coisas não são opinião, como homofobia e nazismo, essas são questões absolutas e indiscutíveis”, completa o repórter.
Com relação a fake news, ambos ressaltam a importância do trabalho jornalístico na checagem dos fatos e de um veículo sério e comprometido com a verdade, que passe confiança para a população. Além disso, o profissional de comunicação deve se dedicar a ser também um tradutor da notícia.
Cony diz, “Não podemos fazer jornalismo para jornalistas, preciso pensar se minha mãe ou meu vizinho vai entender a notícia. Não adianta entregarmos uma pedra maciça para a pessoa que está em casa, precisamos lapidar a informação.”
Ademais, Marina compartilhou como adquiriu o gosto pela política, convidando também os alunos a serem curiosos e desbravarem os campos de conhecimento da profissão. “Quando eu estava na faculdade eu entrei em uma aula sobre o processo eleitoral e essa aula ela abriu o meu olhar de forma que eu pensei que o professor não deu uma aula sobre eleição, mas sobre a nossa vida.”
“Então o que me fez amar o jornalismo político foi entender sua aplicação prática, enxergar a política na vida real.”
Além de seus respectivos empregos na Globo News, os dois jornalistas criaram uma conta no Instagram, chamada @jornada.polis, onde falam sobre o universo do jornalismo.

Beatriz Pontes – 7° período
Com revisão de Aline Meireles – 4 º período
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