Primeira oficina do Prêmio Universitário de Jornalismo da UVA foca nos bastidores de uma transmissão de futebol

Na tarde desta quarta-feira (27), ocorreu a primeira oficina do Prêmio Universitário de Jornalismo da UVA, que contou com a presença dos radialistas esportivos Breno Monsef e Jorge Ramos, da rádio Roquette Pinto, e realizada pelo Microsoft Teams. Eles contaram um pouco de suas histórias, e de bastidores do futebol para os alunos presentes.

O encontro foi mediado pela Coordenadora do curso de Jornalismo da UVA Tijuca, Ana Cristina Rosado. No início da palestra ambos se apresentaram e logo começaram a contar alguns bastidores de certas transmissões, e histórias do radialismo brasileiro.

A primeira história contada envolveu o cantor, compositor e também locutor esportivo Ary Barroso. Segundo os radialistas, naquela época as transmissões eram feitas no meio da torcida, pois não tinha uma cabine separada com essa finalidade como atualmente. Com isso, quando um gol era feito e a torcida vibrava incansavelmente pelo seu time, acabava atrapalhando o áudio da narração. Então para ajudar na cobertura, Ary inovou com uma gaita para sinalizar aos ouvintes de que havia saído um gol.

Além de estudar e trabalhar duro para chegar em seus objetivos nesse meio, o radialista afirma que é muito importante procurar a história para aprimorar seu conhecimento. Para aqueles que pensam em seguir uma carreira de narrador, comentarista ou repórter de campo, Jorge deu uma dica.

“O importante é saber a história”

Jorge Ramos

Como a transmissão no rádio é mais dinâmica, isso impede que o narrador e o comentarista façam muitos comentários enquanto a bola rola, já que não há imagens para auxiliar. Por isso, Jorge explica como funciona a dinâmica entre o narrador e o comentarista para melhorar a experiência do ouvinte durante a transmissão.

“O narrador não pode perder o ritmo de transmissão na rádio e cada um tem sua função. O narrador cria a emoção do jogo e o comentarista analisa sobre o que está vendo”

Jorge Ramos

View this post on Instagram

A post shared by Breno Monsef (@brenomonsef)

Durante a oficina os radialistas esportivos também falaram sobre os bordões que ficaram muito conhecidos por quem acompanha o esporte, já que na rádio, os narradores ficavam conhecidos por seus bordões. Um exemplo dado foi Januário de Oliveira, que faleceu em maio deste ano por conta de uma parada cardíaca. Januário ficou conhecido por bordões como “Tá aí o que você queria, bola rolando” e “Ele é cruel, muito cruel”.

Silvio Luiz foi outro exemplo citado pelos convidados por conta de seus bordões cômicos, como “Pelo amor dos meus filhinhos” ao narrar um lance de perigo de gol ou de mal arremate do atacante, e “Vai mandar lá no meio do pagode” quando o atleta vai cruzar a bola na área do adversário.

Breno Monsef mencionou, ao final da palestra, o crescimento do cenário feminino nesse meio profissional dando seu total apoio àquelas que queiram trabalhar como radialista ou jornalista esportiva, tanto em campo como sendo comentarista. “Está cada vez maior a competência feminina na narração e entre comentaristas”, afirmou Breno.

Nesta quarta-feira (27) e quinta-feira (28) ocorrerão mais palestras e oficinas sobre outros assuntos para os alunos de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida. Para se inscrever é só ir no site do Prêmio.

LEIA TAMBÉM: Curso de Jornalismo da UVA tem semana de lançamento de seu primeiro Prêmio Universitário

Bernardo Curvello – 1º período

Com revisão de Bárbara Souza – 8° período