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Acesso à educação: populares disparam comentários no Twitter acerca da pane do Whatsapp

Populares contestam problemas de acessibilidade às aulas e de paralisação da rede, e especialista em TI defende uso da tecnologia na educação

Na última segunda (4), marcado por uma pane em escala mundial nas redes sociais, pertencentes ao empresário e programador Mark Zuckerberg, o Whatsapp não ficou de fora, e teve seu funcionamento interrompido. Foi então, através da falha desse aplicativo de mensagens que muitos estudantes relataram dificuldades na rotina de estudos, enquanto outros buscaram não apenas outras alternativas, como questionaram o fato das pessoas darem mais importância à rede quando comparado a um ensino de qualidade, além de outras questões políticas.

Em decorrência do período de pandemia vivido por bilhões de pessoas no mundo, a implementação do ensino remoto tem se tornado um fator fundamental para a aprendizagem de muitos estudantes. Com aplicativos que favoreçam o ensino à distância, a educação aponta cada vez mais para o avanço da tecnologia, mantendo os alunos mais conectados mediante o processo de aprendizagem.

O Coordenador do Curso de Gestão de Tecnologia da Informação da Universidade Veiga de Almeida, Cláudio Fico, expõe o que pensa sobre a tecnologia e que, em sua percepção, não reflete tanto sobre a educação, visto que, hoje, a acessibilidade aos meios de comunicação tem favorecido a sociedade, muito em função da evolução da tecnologia.

“Com relação à educação, vejo com bons olhos, pelo fato de proporcionar muitos meios para que os alunos tenham formas de acesso aos conteúdos, seja até mesmo para aqueles que vivem em condições mais precárias ou para quem sofre da falta de tempo, podendo fazer uso da EAD”, explica o Coordenador.

O Whatsapp, hoje, se tornou uma das redes mais usadas globalmente, atrás apenas de Facebook e Youtube. Diante desta rede, as questões educacionais foram os grandes motivos do assunto repercutir tanto na sociedade, seja positivamente ou negativamente.

“Hoje o SMS é visto como uma forma de comunicação comercial e não mais de interação entre as pessoas. De forma alguma o SMS teria como afetar o uso do Whatsapp, até porque a tecnologia traz uma gama de recursos bem mais sofisticados. Cada vez mais a população está mergulhada na internet, permitindo que seus meios de vida sejam conduzidos por conta do que a tecnologia proporciona. É preciso que se saiba fazer bom uso da tecnologia e não ser escrava dela”, complementa Claudio Fico.

Com base na análise percentual do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), divulgada em agosto deste ano, a implantação de grupos no Whatsapp foi uma alternativa aderida durante a pandemia por 91% das 3,6 mil escolas públicas e privadas ouvidas.

Nessa ocasião, populares comentaram também pelo Twitter que a educação continua sendo um dos pilares mais afetados, mesmo apesar da queda do Whatsapp. Diante disso, usuários se mostram decepcionados pelo fato de não haver políticas públicas eficazes que favoreçam a saúde e uma educação de qualidade, tanto quanto priorizar a falta do Whatsapp.

Ainda segundo a fala do Coordenador do Curso de Gestão da Tecnologia da Informação, a instabilidade ocorrida no dia 4 de outubro foi além do que o mundo esperava ver, principalmente no whatsapp. Ele comenta como é possível proceder quando se tem outros recursos que possibilitam a comunicação e como ele enxerga ser um processo que dificulta a vida social e profissional.

“A questão é que cada vez mais as pessoas estão focando suas relações de vida em uma ou mais redes sociais. Isso faz com que haja uma grande dependência de uma ou mais aplicação. No caso do whatsapp, além do convívio social também se tornou uma ferramenta comercial. Até pagamentos hoje já são permitidos por esta ferramenta. A questão que precisa ser vista é que hoje temos várias ferramentas de comunicação e de rede social que pertencem ao mesmo grupo acionista, ou seja, se há um problema em termos de tecnologia com este grupo, é natural que, de forma simultânea, muitas delas saiam do ar”, argumenta Claudio Fico.

Para o estudante de pré-vestibular Lucas Jorge, a paralisação da rede social não teve grande efeito sobre sua vida. As aulas puderam ser acessadas através de uma plataforma oferecida pelo próprio curso, o que não o preocupou tanto, mas diz ter sentido falta do Whatsapp para conversas.

“Para mim, não foi problemático como para muitos outros aunos em relação às aulas. No entanto, senti uma ausência do meio social que fez me sentir esquecido no mundo, como se não tivesse alguém com quem conversar”, esclarece o estudante.

Além do que Lucas Jorge evidencia no cenário das mensagens, aponta ainda ter havido uma tensão por qual passou em meio ao Whatsapp, antes mesmo de saber da paralisação desta rede.

“No momento, eu não sabia bem o que estava acontecendo. Entrei no Whatsapp, escrevi uma mensagem no grupo de amigos e percebi que a informação não chegava. Foi quando olhei para ver se eu ainda tinha internet, e percebi que tinha. Logo me veio uma tensão que pensei ter tido o Whatsapp clonado, tudo não fazia o menor sentido para mim”, ele acrescenta.

Paralelamente a isto, uma usuária do Twitter justifica a dependência pelo uso do celular, diferentemente do meio social, na relação da rotina de estudos antes e em meio à pane do Whatsapp, em que ela considera a tecnologia como um meio que também atrapalha.

No mesmo dia do incidente do Whatsapp, Vitória, uma usuária do twitter, fez também seu apontamento ao longo do que havia acontecido, buscando uma estratégia em querer ajudar a amiga, vendo que seria o primeiro dia dela na faculdade e que, poderia estar passando por dificuldades tendo em vista a instabilidade do Whatsapp.

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Luiz Guilherme Reis – 2° período

Revisado por Lucas Pires – 8° período

2 comentários em “Acesso à educação: populares disparam comentários no Twitter acerca da pane do Whatsapp

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