Em meio a opiniões populares controversas, cidadãos que se negavam a tomar a vacina se viram obrigados a aderir à vacinação mesmo sob protesto. Até uma liminar foi tentada para derrubar a obrigatoriedade do uso do passaporte da vacina no estado Rio, porém o pedido foi negado pela Justiça. Com isso, o decreto que exige o comprovante de vacinação segue vigente no município.
Mas como analistas enxergam o uso obrigatório do passaporte? E como a cidade está lidando com a medida uma semana depois? A Agência UVA ouviu um especialista e populares sobre o caso.

O médico Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), apoia o uso do passaporte.
“Com certeza esse controle rígido da obrigatoriedade de se ter o certificado de vacinação para fazer algumas atividades vai levar a um aumento no controle da doença. Ele deve estimular as pessoas a se vacinarem, e mais importante que isso, permitir que somente pessoas vacinadas frequentem esses lugares, aumentando a segurança desses locais, uma vez que o risco de disseminação nessas pessoas vacinadas é muito menor do que na população não vacinada”, disse Chebabo.
O prefeito Eduardo Paes apontou, em suas redes sociais, a efetividade da primeira semana de uso do passaporte no Rio. Segundo ele, a cidade chegou a 99,8% da população adulta vacinada. “Tinham uns 4% ou 5% das pessoas mais rebeldes que entenderam a importância da vacina e foram se vacinar”, comentou.
Paes ainda frisou que a vacinação na cidade está um mês adiantada. “A previsão inicial era chegar em 21 de outubro com 100% das pessoas imunizadas com a primeira dose; hoje, 21 de setembro, estamos com 99,7% e 65% das pessoas com as duas doses”, explicou.
Gean Mateus, estudante de Letras e autônomo, 24 anos, disse não concordar com a obrigatoriedade do passaporte na cidade.
“A fiscalização não vai funcionar, pois o famoso jeitinho brasileiro sempre interfere nas leis. Não vai impedir a circulação de pessoas não vacinadas, apenas selecionar quais delas vão entrar”, afirma Gean.
O estudante ainda explicou o motivo de não ter tomado a vacina, e lamentou o fato de ser obrigado a tomar para circular pelos locais. “Não tomei a vacina porque não vejo lógica em me vacinar e continuar usando máscara, não podendo retornar a fazer coisas que fazíamos antes. O Brasil é um dos países mais lentos em relação à “normalidade”, onde você toma as duas doses e é restrito a um monte de coisas, e para variar, tem de mostrar o comprovante.”
Já a estudante de Direito, Mariana Cristina Tavares, de 20 anos, apoia o uso do passaporte.
“A imunização em massa precisa acontecer para que a propagação da Covid-19 diminua e, consequentemente, as mutações que o vírus vem sofrendo também. Algumas pessoas discordam da ciência e se negam a tomar a vacina. O passaporte entra como um aliado, forçando a vacinação a acontecer para que a vida volte ao normal da forma mais segura”, explica a estudante.
Cambistas vendem ‘passaportes falsos’
Na última sexta-feira, durante um show do cantor Diogo Nogueira, na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, cambistas agiam vendendo passaportes falsos para pessoas que não se vacinaram acessarem o local. Segundo informações do jornalista Ancelmo Góis, de O Globo, o passaporte custava R$100,00.
A Câmara dos Vereadores aprovou uma lei que prevê multa de R$1.000,00 para pessoas que fraudarem o passaporte. Além de responder pelo crime de fraude de documento oficial, previsto no artigo 297 do Código Penal, a pena pode chegar a dois anos e meio.

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Felipe Andrade – 3° período
Com revisão de Lucas Pires – 8° período
Concordo plenamente com a obrigatoriedade do passaporte de vacinação, principalmente no município do Rio de Janeiro, as pessoas estão brincando com a verdade, quanto maior a cobrança mais pessoas que não se vacinaram entenderam quão importante é a vacina, muitos não se vacinam pelo fato da vacina ter tido um tempo pequeno de estudo, só que fatos mostram a veracidade da vacina, Menas morte e Menas internações.