A casa de leilão Christie´s, uma das empresas mais importantes de arte do mundo, irá leiloar através do seu próprio site, na próxima sexta-feira, dia 11 de junho, a “Mona Lisa Hekking”, famosa réplica do quadro original feito em 1503 pelo artista Leonardo da Vinci. Esta réplica pertencia a Raymond Hekking e foi defendida firmemente até o ano de 1960, pelo então proprietário, como sendo a obra original.
Mona Lisa, ou La Gioconda, é uma das mais famosas obras de arte da história, feita pelo artista italiano Leonardo da Vinci. A pintura, que usou da técnica do sfumato, retrata a figura de uma mulher com um sorriso tímido, olhar misterioso e uma expressão introspectiva. Até hoje, o quadro original está exposto no Museu do Louvre, em Paris, na França. Mona Lisa é praticamente a mais famosa e importante obra de arte da história, sendo avaliada, nos anos 1960, na casa dos 100 milhões de dólares americanos, incluindo também o título de objeto mais valioso, segundo o Guinness Book.

A réplica em questão está atualmente sendo avaliada na casa dos 200 e 300 mil euros (algo em torno de 240 e 360 mil dólares). Já foi também anunciado pela própria Christie´s, que já tem data para ocorrer a venda desta obra, na próxima sexta-feira, dia 11 de junho. Apesar de não ser a original, este produto tem muito valor por sua importância histórica.
Luciene Aragon, Mestra em Propriedade Intelectual e Inovação, também artista visual, comenta sobre a importância da Mona Lisa, obra de Leonardo da Vinci, para o mundo da arte.
“A Mona Lisa é um dos quadros mais famosos do mundo, uma das obras mais conhecidas. Quando você está diante dela, se compreende porque ela é tão impressionante, ela parece estar viva. Foi um marco muito importante na mudança da história da arte, da pintura, de como as imagens eram realizadas até então. Se tem ali no renascimento uma mudança, que até então esses olhos das pinturas, eles eram muito fixos, dando uma impressão de algo estático”, enfatiza Luciene.
Raymond Hekking, que sempre se mostrou um aficionado pela arte, argumentava que esta obra de sua propriedade era a original e questionava a autenticidade da Mona Lisa exposta no Louvre, enfrentando a mídia e também os historiadores de arte até os anos 1960. Ele indagava quanto à fidelidade da obra guardada no museu francês, que sendo a original era protegida por uma lei francesa e não poderia jamais ser vendida e poucos conseguiam ter acesso a ela. Hekking chegou até a solicitar que o museu de Paris conseguisse comprovar que o artista responsável por ela era Leonardo da Vinci realmente.
“Com a técnica que o Leonardo da Vinci desenvolveria , sfumato, ele faria com que essa imagem da Mona Lisa, além de outras técnicas que ele usava de perspectiva no quadro, conseguisse dar a impressão de que ela está viva. Foi um grande impacto em um época que nem existia ainda a fotografia, filmagem nem luz elétrica. É um quadro impressionante”, explica Luciene.
Tendo ficado deslumbrado com a possibilidade de ter em mãos a obra de Leonardo da Vinci, Hekking não acreditava que a verdadeira Gioconda, outro nome pelo qual a Mona Lisa é conhecida, havia sido reconstruída, num processo de restauração em 1914, no Louvre, após três anos do famoso roubo do quadro ocorrido em 1911, pelo italiano Vincenzo Peruggia. Ele acreditava que o quadro roubado se tratava de uma cópia e não a arte original. Com a morte de Raymond Hekking em 1977, o quadro continuou em posse da família.

Um pouco depois do ano de 1517, a Mona Lisa verdadeira chegou a fazer parte das coleções de arte de Francisco I, rei da França na época. Diversas cópias chegaram a ser produzidas após o início do século XVII e, entre elas, a que será leiloada pela Christie´s entre os dias 11 a 18 de junho e que pertenceu a Raymond Hekking.
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