Cinema

Filme de Mário Peixoto é recuperado e transmitido novamente em nova escala de inovação

"Limite" é restaurado por espectadores e cai nas redes sociais por tempo limitado

Desde o dia 17 de maio, com o resgate do longa-metragem do poeta e romancista Mário Peixoto, “Limite” volta a ser exibido em plataformas de redes sociais depois de 90 anos da estreia, a partir do empenho do espectador Saulo Pereira de Mello, que também contou com a ajuda de Plínio Süssekind.

A transmissão do filme se estende até o dia 23 de maio por meio das páginas de Facebook e YouTube do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O crítico e historiador José Carlos Avellar explica o sentimento do espectador na dedicação pela obra no ato de recuperar um filme passado no qual tanto se inspira, e comenta que muitos não teriam a mesma reação.

“Saulo Pereira se dedicou ao filme por inteiro, que preservou, restaurou, realizou sua paixão assim com nenhum outro espectador jamais conseguiu realizar com nenhum outro filme”, argumenta José Carlos.

A jornalista, pesquisadora, professora e também consultora em Comunicação Cecília Seabra cita a reinterpretação do passado no presente pela transmissão do filme como inspiração para os autores da atualidade.

“O indivíduo consegue lidar com a potencialidade do conhecimento já introduzido por alguém em tempos passados. Isso significa que é preciso estabelecer uma ideia de aprimoramento mediante àquilo que se tem ou pela necessidade de criação da tese”, esclarece Cecília Seabra.

Apresentado pela primeira vez ao público no ano de 1931, o filme representa a identidade do autor mediante sua inspiração no modelo norte-americano e destaca a breve trajetória da cultura brasileira e do cinema. Com apenas 22 anos de idade Mário Peixoto conseguiu desenvolver a trama, alcançando a primeira posição na lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dentre 100 filmes brasileiros no ano de 2015.

Cecília Seabra compara o arcaico do novo, não apenas em decorrência da obra, como pelos inúmeros produtos que provêm da evolução da tecnologia. “Característico de renovação dos padrões estabelecidos, o resgate do passado para o presente traz uma inovação que dissocia um pouco das circunstâncias históricas e, que faz boa parte da sociedade esquecer muitas das vezes”, acrescenta Cecília.

A procuradora do Estado aposentada Nereyda Souza, de 86 anos, relembra parte das experiências mencionadas em trechos do filme “Limite” e expõe sua perspectiva diante do desenvolvimento tecnológico.

“Na época, os filmes não possuíam a mesma resolução quando comparados aos dias atuais. Era possível ver a diferença na qualidade de transmissão através das imagens pelas expressões emocionais, do áudio e que, além disso, havia todo um contexto descrito por meio dos detalhes”, comenta Nereyda Souza.

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Luiz Guilherme Reis – 1º Período

Sob supervisão de Julia Barroso – 8º Período

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