Covid-19: Populares e especialistas comentam sobre as investigações da CPI

Na última quinta-feira (6) o Senado Federal recebeu o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa), Antônio Barra Torres. Ambos foram convocados para reunião, com destino de depor depoimentos a respeito do presidente da Republica Jair Bolsonaro sobre ações no combate à pandemia.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para apurar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia e para fiscalizar a aplicação de recursos federais por estados e municípios contra a Covid.

Chegando ao seu 3º dia de depoimentos, o Senado recebeu o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o diretor- presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Antes de começar a sessão, o Ministro e o Diretor tiveram que responder umas perguntas dos senadores, fazendo uma exposição inicial sobre o que fizeram em seus cargos.

Na última quarta-feira (5), a CPI ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Assim como Queiroga e Barra Torres, os ex-ministros tiveram que expor as divergências que tiveram com o presidente Jair Bolsonaro sobre ações de combate à pandemia.

Para entender a repercussão das divergências e da investigação feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a Agência UVA conversou com populares de idades e profissões diversas para saber o que pensam a respeito. Confira abaixo os principais trechos:

Arthur Dapieve, jornalista e comentarista do Estúdio i, da Globonews

“Totalmente favorável a CPI, é uma maneira, um instrumento de sociedade tentar entender o que está acontecendo e de que forma está acontecendo, em que ponto nós chegamos, como chegamos a esse ponto. O número de mortos no Brasil é algo escandaloso. É preciso investigar o quanto de ação de nação da parte sobretudo do Governo Federal fez com que a gente chegasse nesses números tão altos”.

Luiz Antônio, 63 anos, Contador

“Entendo que ele (Jair Bolsonaro) não quer reconhecer as evidências cientificas, que considera a cloroquina como um medicamento ineficaz contra a Covid-19. Optou em ouvir pessoas negacionistas”.

Mestre em Comunicação, Guilherme Carvalhido, professor da Universidade Veiga de Almeida

“Sou a favor da CPI. A atuação do Governo Federal no gerenciamento da crise sanitária precisa ser investigada, pois tivemos muitas ações negacionistas em relação á gravidade da pandemia. O resultado da CP1 é uma incógnita! O andamento dela tende a formar uma imagem negativa do Governo Federal no combate à Pandemia”.

Maria Cristina, 60, professora e Mestre em Ciências Contábeis

“Sou totalmente a favor da CPI. Se a apuração dos fatos for realizada com total isenção e transparência, terá o respaldo da nossa sociedade e, sendo assim, servirá para punir os responsáveis por essa situação assustadora que estamos vivendo no combate à Covid-19”.

Leandro Victor, 22 anos, jornalista político e editor do podcast Debatendo

“A CPI é crucial. O momento em que a gente vive da pandemia, mostra quão é importante se fez necessário uma coordenação, uma campanha a nível nacional de conscientização e uma articulação de entes federativos para que a gente não chegasse nesse momento. Esperávamos uma ação mais firme e proativa da compra das vacinas, mas isso não ocorreu”.

Caique Costa, 27 anos, Historiador

“Sou a favor da CPI, porém teria que investigar com mesmo rigor os Estados e os Municípios e o Governo Federal. Precisa ser investigado de maneira correta. Terão resultado para mostrar os erros do Governo Federal, entretanto deveria ter mais foco nos Estados e Municípios para investigar os roubos, desvios e alteração na divulgação dos dados”.

Mateus Almeida Marinho- 8º periodo