Os três corredores do BRT Rio (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) foram paralisados no início da tarde da última segunda-feira (30) por motoristas e cobradores de ônibus que protestavam contra o parcelamento do 13° salário. A manifestação avançou pela noite, causando transtornos.
Durante o horário de pico da volta para a casa, a CET-Rio registrou 131 km de congestionamento. O motorista da linha Transcarioca, Marcelo, de 38 anos, fala da importância do protesto para a classe que trabalha no BRT.
“Muitos amigos motoristas e cobradores estavam contando com esse dinheiro para fazer uma simples ceia de natal, comprar uma coisinha para os filhos. Nós trabalhamos o dia inteiro, com sol, com chuva e na maior boa vontade. Merecemos respeito. É um trabalho muito suado. O 13° é um direito nosso”, conclui Marcelo.

A Secretaria Municipal de Transportes disse nesta terça-feira (01), que vai autuar o BRT-Rio por conta da paralisação, que prejudicou mais os clientes que utilizam o sistema. Isabela Martins, de 25 anos, usa o BRT todos os dias e conta que não conseguiu chegar ao trabalho por conta desse imprevisto.
“Eu simplesmente não fui trabalhar, porque não tinha BRT nenhum rodando. Entendo que eles reivindiquem seus direitos, mas as pessoas que precisam do BRT também podem perder os empregos por causa disso. Em plena segunda-feira, tive que voltar para casa”, lamentou Isabela.
Após o protesto, o BRT Rio aceitou a reivindicação dos motoristas. O acordo foi de depositar ainda na terça-feira, os 30% que faltam da primeira parcela do 13º salário, conforme a lei trabalhista. Sendo assim, a paralisação foi encerrada e as linhas voltaram a funcionar normalmente.
Beatriz Lara – 7º período
Revisão – Bárbara Souza
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