Comunicação

Jornalismo de dados – por onde começar

Segunda edição da coluna JotaDados

Apesar de muito presente no cotidiano, seja na editoria de economia, esporte ou política, o jornalismo de dados parece distante para alguns estudantes. Mas a ideia de trabalhar com grande quantidade de informação, mesmo envolvendo números, não é tão complicada quanto parece. É possível começar por caminhos mais simples e, ainda assim, produzir conteúdos com maior credibilidade, com análises mais aprofundadas e encontrar caminhos para pautas inéditas.

O primeiro passo é observar veículos que trabalham com jornalismo de dados. A Gênero e Número discute a equidade de gênero e The Pudding debate a cultura popular por meio de visualizações elaboradas. Nos dois sites é possível encontrar metodologias e bases de dados utilizadas. Além de colaborar com práticas éticas, a transparência incentiva e inspira futuros profissionais da área, mostrando como partir de uma pergunta e chegar a uma matéria interessante.

É válido também buscar referências de projetos que abordem dados de maneira diferenciada, tornando amigável o que pode parecer assustador e complicado. O Dear Data, desenvolvido pelas designers informacionais Giorgia Lupi e Stefanie Posavec, mostra que quase tudo pode ser transformado em dado. Elas trocaram cartões postais, um por semana, durante um ano, com visualizações criadas a partir de dados cotidianos – risadas, despedidas, e reclamações. Como resultado, o projeto mostra o lado humano dos dados, e que é possível criar suas próprias bases de dados e visualizações.

Semana 7 do projeto de Giorgia Lupi e Stefanie Posavec (Foto: Dear Data)

Ainda que o trabalho do jornalista comumente envolva pedidos na Lei de Acesso à Informação (LAI) e mergulhos em sites de transparência do Poder Público, um caminho para se aproximar dessa área é começar a criar suas próprias bases de dados, como foi feito no Dear Data e na maioria das matérias do The Pudding. Seja registrar informações diárias ou documentar quantas vezes seu personagem favorito é citado em determinado filme, é ideal escolher um tema que te interesse e do qual você entenda. Partindo de um questionamento, é possível encontrar os dados que tenham a resposta, e, sendo de interesse público, depende do jornalista descobrir essa história.

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Julia Barroso – 7º período
Coluna originalmente publicada em JotaUVA.

1 comentário em “Jornalismo de dados – por onde começar

  1. Pingback: Jornalismo de Dados na Universidade Veiga de Almeida | Agência UVA

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