Apesar da pandemia da Covid-19 no Brasil continuar em alta, a população se prepara para ir às urnas e eleger o prefeito e os vereadores de suas respectivas cidades. Anteriormente agendada para os dias 4 e 25 de outubro, as autoridades governamentais decidiram adiar a votação. A nova data determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o primeiro turno das eleições municipais é dia 15 de novembro, e 29 de novembro para o segundo turno.
“O adiamento das eleições é uma medida responsável para que os eleitores possam votar com mais segurança. Na Câmara Federal, o PSOL defendeu o adiamento como uma forma de defesa da vida e da democracia ao mesmo tempo. Infelizmente, a pandemia ainda não acabou, o que nos faz manter todos os cuidados sanitários para prevenção da doença. Espero que esse tempo de adiamento também tenha sido importante para o TRE (Tribunal Reginal Eleitoral) se preparar para esses cuidados”, comenta Tarcísio Motta, atual candidato a vereador do Rio de Janeiro e líder do PSOL.
Como forma de manter a segurança dos eleitores, o período da votação este ano contará com uma hora a mais do que nos anos anteriores, começando às 8h e terminando às 17h. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral determinou que o primeiro horário de votação, de 7h às 10h da manhã, é recomendado para pessoas acima dos 60 anos.
Até o momento, o Brasil atravessa uma grave crise causada pelo Covid-19, e segundo o dados do Ministério da Saúde há 5.303.520 casos confirmados, 4.756.489 casos recuperados e 155.500 óbitos, os dados são desta quinta-feira (22/10).
“Como microbiologista, não creio que seja um erro total realizar as eleições em novembro deste ano. No entanto, eu seria mais cautelosa. Já que a posse dos eleitos só ocorrerá em Janeiro, poderíamos aguardar até Dezembro ou até mesmo Janeiro, pois já temos previsão da disponibilização de uma vacina nesses meses”, conta a microbiologista, Dra. Aline Rosa.
Mesmo com a Covid-19, o TSE anunciou que espera cerca de 1 milhão de mesários em todo o território nacional. São 401.364 seções eleitorais e 406 locais específicos para justificativa de voto. Durante as eleições de 2018, o TSE esperava cerca de dois milhões de mesários, o dobro desse ano.
“Espero que tomem todas as precauções diante da pandemia, álcool em gel sempre à mesa, marcação no chão de distanciamento para melhor controle dos cidadãos. Não acredito que será seguro para todos porque infelizmente sempre tem o que foge à regra, e em tempos normais já é difícil, nos de agora…no mínimo tenho medo. Por mim e pelos outros”, relata Bruna Moraes, de 22 anos, estudante de direito e mesária nas eleições no deste ano.

Muitos eleitores pretendem votar, e esperam que apesar da situação, tudo ocorra bem. “Eu vou votar sim, porém, não sei se vou me sentir segura. Espero que o governo e a população façam a sua parte para que possamos ter uma eleição segura”, conta Nathalia Mattos, de 22 anos, estudante de história.
O TRE adotará medidas sanitárias em todos os locais de votação pelo Brasil. São obrigatórios o uso de máscara ou protetor facial, o distanciamento de aproximadamente 1 metro, e o uso álcool em gel para serem utilizados na entrada e na saída da zona eleitoral.
“O cuidado com a saúde é muito importante. E o direito de votar e ajudar a escolher o rumo da sua cidade pelos próximos quatro anos vem logo em seguida. Convocamos os eleitores a participar desse momento relevante para a democracia com muita responsabilidade, tomando todos os cuidados sanitários indicados” reforçou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso.
Antes de sair de casa, o TSE recomenda que os eleitores realizem o download do aplicativo “E-título”, para verificar corretamente sua seção eleitoral, já que muitos locais de votação foram alterados por conta da pandemia. Download Android aqui. Download IOS aqui.
Raphael Pimentel – 7o período
Revisão: Bárbara Souza
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