Na última segunda-feira (28), Teliana Pereira anunciou sua aposentadoria do tênis aos 32 anos, em primeira mão para o jornalista Thiago Quintella, no podcast “Match Point”. A brasileira, em suas redes sociais, agradeceu ao tênis pelos momentos vividos e as lembranças que o esporte proporcionou. “Eu vou te amar pro resto da minha vida, mas agora é hora de dizer ‘Até logo'”, escreveu.
Profissional desde 2005, Teliana foi a maior jogadora brasileira da sua geração, e uma das maiores de todos os tempos, tendo conquistado uma medalha de bronze no Pan-Americano de 2007 e disputado as Olimpíadas pelo Brasil em 2016. Além disso, teve diversas participações na Fed Cup, a principal competição de seleções do mundo, defendendo a seleção brasileira desde 2007.
No melhor ano da carreira, em 2015, Teliana quebrou vários recordes e botou
definitivamente seu nome na história. Venceu dois títulos da WTA (Associação de
Tênis Feminino), em Bogotá e em Florianópolis. Fazia 27 anos que nenhuma tenista brasileira ganhava um torneio dessa importância, desde que Niege Dias havia vencido o WTA de Barcelona em 1988. Foi nesse ano também que Teliana alcançou sua melhor colocação no ranking mundial, chegando ao 43º lugar. Se tornando a segunda maior brasileira de todos os tempos desde que os ranqueamentos se tornaram oficias, em 1973, atrás apenas da mesma Niege Dias, que alcançou a 31ª posição em 1988.

melhor do mundo, ou será esquecido. Felizmente, dentro do mundo do tênis, isso
não ocorre, já que alguns tenistas consagrados como Bruno Soares e o ex-tenista
Fernando Meligeni prestigiaram Teliana em sua rede social.
Gabriela Cé, atual número um do Brasil nas simples, comenta a aposentadoria de Teliana. “Para mim, ela sempre foi uma inspiração. Valorizo muito a pessoa que ela é e tudo que ela conquistou. A história dela como um todo, então, é maior do que a da maioria dos atletas”, afirma.
Quem também falou sobre Teliana Pereira foi Bia Haddad Maia, uma das maiores promessas do tênis feminino atual. A paulistana fez diversos elogios à antiga colega de profissão. “Eu considero a Teliana minha inspiração. É uma pessoa que tem uma história muito linda, é muito humilde”, conta. Ela comentou a aposentadoria e a influência dela na nova geração. “Agora, o papel dela dentro das quadras finaliza, mas a gente nunca pode apagar a história dela. Acho que quanto mais a gente, nós, jogadoras, pudermos aproveitar e aprender, conversar e absorver o máximo dela, ela também pode nos ajudar. Ela teve uma carreira linda, e agora tem que aproveitar também o outro lado.”
E uma carreira esportiva é assim, com adorações e reconhecimentos, às vezes a falta de ambos. Muitas críticas, alguns elogios e uma linha de chegada. E o ciclo natural continua, a nova geração cheia de talentos já começa a aparecer com a própria Bia, Carol Meligeni, Luisa Stefani e outras meninas que buscam a todo momento seu espaço.
LEIA TAMBÉM: Copa do Brasil 2020: confrontos das oitavas de final são decididos
Lucas Bacil – 8º período
Pingback: Especialistas e torcedores falam sobre as expectativas para a estreia da Seleção nas eliminatórias da Copa de 2022 | Agência UVA
Pingback: Populares comentam 14ª rodada do Campeonato Brasileiro | Agência UVA