Desde a promulgação do decreto presidencial regulamentador de atividades essenciais durante a pandemia do Covid-19, publicado em 20 de março e com atualização mais recente em 8 de maio, supermercados sempre foram consenso entre os governantes. Fornecedores de quase todo tipo de suprimento necessário à vida cotidiana (ainda que o cotidiano de agora esteja longe do comum), estes estabelecimentos jamais estiveram na lista de incerteza sobre quem poderia ou não manter as portas abertas.
Ir ao mercado, atividade tão rotineira há apenas dois meses — que mais parecem anos — hoje, é excepcional. O drama destas “expedições” tem ares de filme pós-apocalíptico, onde apenas um corajoso membro de cada família é habilitado a sair de casa para a missão. A armadura é feita de máscara caseira. Para combater o inimigo, invisível, basta uma arma: álcool em gel. Os memes, patrimônio brasileiro de fonte inesgotável, acrescentam bom-humor mesmo à preocupação diária com a pandemia de coronavírus.
Por estarem adiantados, em relação a outros comércios, diversos mercados põem em prática a integração entre atividade econômica e prevenção ao coronavírus. No atacadista visitado por mim, Isabela Jordão, repórter da Agência UVA, o cuidado começa na área externa. Cartazes recomendam aos clientes manter distância mínima de 1 metro de outras pessoas.

Uma calorosa recepção me aguarda na entrada — o que, nas atuais condições, significa justamente a prevenção de calor humano. Uma funcionária mede a temperatura de cada pessoa com um termômetro higiênico, sem necessidade de toque para medição. Quem for detectado com febre, não pode entrar nas dependências internas do supermercado.

Dentro do lugar, as medidas de proteção se tornam mais visíveis. Funcionários são equipados com face shields, e os rostos de todos os presentes ficam cobertos por máscaras de pano, que escondem sorrisos da boca, mas não dos olhos. Estes, apesar do silêncio gritante das vozes, outrora altas, comunicam olhares de compaixão mútua entre cada um ansioso pelo fim da doença.

Precauções simples, porém eficazes. Distanciamento, medição de temperatura, uso de máscaras e higienização com álcool em gel não pesam tanto aos bolsos do empresário como permanecer com a loja fechada. Dada a necessidade de se manter a economia do país operante, fica o exemplo de conciliação entre comércio e saúde.
Isabela Jordão – 7º período
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