Dando início às atividades extracurriculares 2020, a Casa da Comunicação e a Agência de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida (AGECOM) produziram, na última quinta-feira (9), um debate sobre a importância e os desafios do Jornalismo em tempos de coronavírus. O evento foi transmitido em formato de live pelo Facebook no canal de jornalismo Jota UVA e teve a participação de professoras e alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
Segundo a professora Vânia Fortuna, responsável pela organização, este evento faz parte da programação do Jota UVA, que busca trazer para a Universidade a participação de profissionais das diferentes áreas do Jornalismo, como forma de propiciar aos alunos esse contato com o mercado de trabalho.
Daniella Dias, repórter da Band News FM, contou a experiência dela como repórter de rádio e TV e destacou que, em razão da pandemia, as rotinas da empresa foram adaptadas levando em conta o perfil de risco dos funcionários, ou seja, preservando os mais suscetíveis ao contágio do coronavírus.
Por morar mais distante, Daniella passou a trabalhar integralmente na modalidade home office para evitar se expor nos meios de transporte. Para uma repórter de rua, essa é uma grande mudança na rotina, pois precisou passar a apurar e gravar entrevistas, por exemplo, pelo smartphone.
Por causa das medidas de afastamento social, até as coletivas do prefeito e do governador passaram a ser online. Daniella contou que a Prefeitura do Rio criou um grupo no whatsapp com todos os jornalistas credenciados, por onde são enviadas as perguntas para que um assessor as reproduza para o prefeito, após as coletivas.
Ela também deu dicas de como produzir matérias no contexto atual. Como por exemplo, evitar a repetição de determinadas palavras, como pânico e pandemia, por causa do impacto que causam nas pessoas.
Estes cuidados são parte das orientações contidas no artigo As zonas “cinzentas” do jornalismo na cobertura do Coronavírus, do Observatório da Imprensa, e no manual Cobertura da COVID-19: dicas, conselhos e informações para Jornalistas, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ambos citados pela jornalista durante o debate.

Em clima descontraído, os participantes fizeram perguntas à palestrante e também expuseram os próprios pontos de vista. Sobre a importância do Jornalismo no cenário atual, a professora Cecília Seabra comentou: “Eu acho que esse momento reforçou a nossa importância. Há cerca de uma ou duas semanas, uma pesquisa do DataFolha mostrou que cresceu o percentual de pessoas que acredita na imprensa”.
Para Mariana Gonçalves (26), aluna do 8º período de Jornalismo, é muito importante que os alunos tenham contato com os profissionais do mercado, ouçam as dicas e aprendam com as experiência deles. Além disso, segundo ela, o fato da Daniella ter se formado na UVA incentiva os estudantes a se inspirarem nela e a acreditarem no próprio potencial. “Ela estava até outro dia no lugar que os alunos ocupam hoje e já é uma profissional de destaque”, destaca Mariana.
Glaucia Baraúna (24), também aluna do 8º período de Jornalismo, conta que gostou muito da transmissão pelo facebook e destaca o que Daniella falou sobre as as notícias falsas e o Jornalismo: “As Fake News são a nossa primeira concorrente e não os outros veículos”, conta Daniella.
A live teve mais de seiscentas visualizações e foi acompanhada por diversos alunos, além das professoras de jornalismo Vania Fortuna, Maristela Fittipaldi, Mônica Nunes e Cecília Seabra.
Francisco V Santos – Colaborador Agência UVA
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