Por meio das redes sociais, o Presidente Jair Bolsonaro anunciou, na última terça-feira (12), sua saída do Partido Social Liberal (PSL), após 1 ano e 7 meses de união. Foi a esse grupo que se filiou para disputar a eleição presidencial de 2019, da qual o partido saiu com a segunda maior bancada na Câmara. O presidente irá criar um outro, chamado Aliança pelo Brasil. Bolsonaro publicou a mensagem após ter se reunido, no Palácio do Planalto, com parlamentares filiados ao PSL.
Para o cientista político Guilherme Carvalhido, a questão da criação de um novo partido por parte de Bolsonaro é uma medida difícil, mas que ajudará no seu processo de consolidação no cenário político brasileiro.
“Ele terá em seu controle um partido em que terá pouca oposição interna, facilitando o controle das ações e de como usará o dinheiro do fundo eleitoral ao qual terá direito”, comenta.
A relação entre Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar, já vinha com uma série de desentendimentos. No mês passado, por exemplo, Jair afirmou a um apoiador que se apresentou como pré-candidato do grupo em Recife (PE) a “esquecer” o partido, acrescentando que Bivar está “queimado para caramba”. Essa declaração desencadeou uma crise, dividindo as alas ligadas a ambos.

Carvalhido analisa a saída do Presidente Jair Bolsonaro do Partido Social Liberal e acredita que ela já era esperada.
“O PSL foi um partido de aluguel para a candidatura de Bolsonaro. Serviu bem para alocá-lo no sistema eleitoral. Quando o governo começou, os rachas de interesses se estabeleceram, dificultando a permanência do grupo de Bolsonaro que queria dominar o partido, mas encontrou resistência de outros grupos, principalmente, para o controle do fundo eleitoral”, explica.
Durante os 30 anos de sua carreira na política, Bolsonaro tem um histórico de troca de partidos. O PSL foi o oitavo partido por onde ele passou. Antes, o presidente teve passagens por: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSC.
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Luhan Alves- 6° Período
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