Comemoração deixa mortos em Seoul, na Coreia do Sul

Superlotação gerou tragédia em Seoul, capital da Coreia do Sul. Mais de 100 mil pessoas estavam presentes em festividade de Halloween no bairro de Itaewon, no último sábado (29). Após um tumulto, 154 foram mortos e 132 ficaram feridos.

A polícia sul-coreana ainda investiga as causas das mortes, mas estima-se que as vítimas foram pisoteadas e esmagadas, de fato, por causa do tumulto. Testemunhas dizem que houve empurrões de propósito, o que causou um efeito dominó.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou luto no país todo até 5 de novembro. Shows, lançamentos de música, eventos e programas de entretenimento foram cancelados no país em respeito às vítimas de Itaewon. De acordo com o G1, essa foi a pior tragédia do país desde o acidente da balsa em 2014, que deixou 304 mortos.

Vítimas compartilharam suas experiências nas redes sociais, como no post abaixo, feito na rede social Twitter.

내가 방금 죽다가 나옴 이거 진짜 그냥 압사임 내가 설명할 수 있음 나도 깔렸으니까
이태원 가파른 길 클럽 골목에서 나오는 길에서 위에 사람들이 밀었음 우측통행 초반에는 그래도 있었는데 시간 지나면서 그냥 대립 상태같은 느낌으로 위|아래 이렇게 되는 바람에 위에서 가파른 상태로 미니까 https://t.co/5TPg61Sf6X
— 모믿걸 (@jkaesthet1c) October 29, 2022

“Eu quase morri hoje. Havia uma multidão. Eu posso explicar o que estava acontecendo porque eu estava lá sendo esmagada. As pessoas no topo do beco em Itaewon começaram a me empurrar. […] Quando as pessoas no topo começaram a empurrar, as que estavam na base começaram a cair como dominós”, relata uma das vítimas.

Todos os anos, coreanos e estrangeiros vão para Itaewon comemorar o Halloween. O bairro é conhecido como uma área de lazer com restaurantes, bares e baladas. Itaewon ganhou mais reconhecimento dos estrangeiros após o sucesso do dorama Itaewon Class da Netflix.

O bairro de Itaewon tem ladeiras e ruas estreitas
(Foto: Reprodução/Newsis)

As autoridades sul-coreanas continuam investigando o ocorrido da noite de sábado. Além disso, o Governo coreano irá cobrir os gastos funerários para as famílias das vítimas fatais, e pagar uma indenização de 20 milhões de wons (moeda coreana). Aos sobreviventes, deve pagar de 5 a 10 milhões de wons.

Foto de capa: Kim Hong Ji/Reprodução Reuters

Reportagem de Juliana Ramos com edição de texto de Gabriel Folena