Cultura Geral

‘Linha Direta’ pode voltar à TV Globo; relembre casos marcantes do programa  

Globo planeja retorno da atração, sucesso dos anos 2000, devido a nova onda ‘true crime’

Após 15 anos fora do ar, o programa “Linha Direta”, considerado um marco na televisão brasileira, retornará à grade de programação da TV Globo. Segundo informações da colunista do ‘O Globo’, Patrícia Kogut, divulgadas na última semana, a nova versão do programa policial está em fase de produção inicial com direção de Mariano Boni, porém não há previsão de lançamento.

O apresentador do novo formato da atração ainda não foi definido. No entanto,  nomes como de Roberto Kovalick, Reinaldo Gottino, Sérgio Gomes e Roberto Cabrini foram nomes cotados pela mídia para ocupar a vaga de apresentador. Hélio Costa, Marcelo Rezende e Domingo Meirelles foram alguns dos apresentadores que já comandaram o programa.

O retorno do grande sucesso repercutiu nas redes sociais. Internautas recordam do “medo” ao assistirem e dividem opiniões sobre o assunto.  

A atração exibida entre 1999 e 2007, incentivava a participação do telespectador para que fornecessem informações de forma anônima, por meio de uma central eletrônica, no intuito de contribuir com as investigações dos casos realizados pelas autoridades ainda sem soluções. Cerca de 380 criminosos, entre eles foragidos de crimes de assassinato, estupro e sequestro já foram localizados no Brasil por conta do programa.

Apesar do sucesso na época, o programa deixou de ser exibido no dia 6 de dezembro de 2007. O motivo foi revelado pela Central Globo de Produções em uma mensagem publicada no site do programa.

A respeito das manifestações de entidades ligadas aos Direitos Humanos pela continuidade do programa Linha Direta – por seu reconhecido interesse público -, informamos que a TV Globo passou a adotar o sistema de temporadas. Mesmo com êxito e importância comprovados, os programas têm sua exibição suspensa, passando por uma reavaliação para nova exibição futura.

O projeto de retorno do Linha Direta é uma resposta ao sucesso da nova onda ‘true crime’ no país. O gênero analisa crimes reais e detalha a ação dos autores, em sua maioria de assassinos em série. A atração, por sua vez, realizou a cobertura de diversos casos emblemáticos.

A Agência UVA listou alguns dos fatos mais marcantes e curiosos já retratados no programa. 

Edifício Joelma

Edifício Joelma, centro de São Paulo (Foto: Divulgação)

Uma tragédia no prédio hoje chamado Edifício Praça da Bandeira, localizado no centro de São Paulo, foi local de uma das maiores tragédias no país, deixando 187 mortos e 300 feridos. O incêndio do dia 1º de fevereiro de 1974, que começou com um curto-circuito em um ar-condicionado, é considerado a segunda maior catástrofe do mundo, ficando atrás apenas da tragédia das Torres Gêmeas, do World-Trade Center, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. A história por trás do edifício de 25 andares, recém construído na época, envolve superstições e a falta de suporte em casos de incêndio. 

Césio 137

Antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (Foto: Metrópoles)

Considerado o maior acidente radioativo da história do Brasil, a tragédia envolvendo o elemento Césio 137 resultou na morte de 4 pessoas, e gerou a contaminação de outras centenas de por conta de uma cápsula de um equipamento de raio-x. O caso ocorreu no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia (GO). Neste dia, dois catadores encontraram tal aparelho radiológico em um hospital desativado.

O Vampiro de Niterói

O caso Marcelo Costa de Andrade teve início com a morte de um menino de 6 anos de idade em 1991, encontrado em um esgoto. As investigações da morte levaram até Marcelo, que assumiu ser responsável pela morte de outras 13 crianças em Niterói. O apelido, ‘Vampiro de Niterói’, surgiu devido ao depoimento dado à polícia, no qual o serial killer confessou ter bebido o sangue das vítimas.

O caso Ângela Diniz

Doca Street matou Ângela Diniz com quatro tiros no rosto na véspera de réveillon de 1976, na região dos lagos do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

O assassinato da solicite mineira Ângela Diniz tornou-se um símbolo da luta feminista. Ela foi morta a tiros pelo marido, o empresário Raul “Doca” Fernandes do Amaral Street, na noite de 30 de dezembro de 1976. Com o slogan “quem ama, não mata”, militantes da época protestaram contra o feminicídio. A comoção popular foi uma resposta à declaração do acusado que dizia ter “matado por amor”.

 

Reportagem Mayani Caldas, com edição de texto de Gabriel Folena

Foto de capa: Rede Globo/Divulgação

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