A obesidade é uma das doenças mais frequentes em todo o mundo, causada principalmente pela grande quantidade de gordura presente no corpo, trazendo más consequências à saúde. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, o Brasil estará ocupando a vaga da 5ª colocação no ranking de países com maior número de crianças e adolescentes em situação de obesidade, no ano de 2030. Isso vai acontecer porque muitas pessoas ainda não conseguem compreender a gravidade da doença, principalmente quando é encontrada em uma criança e necessita ainda mais cuidados.
Durante o isolamento social, muitas crianças precisaram ficar em suas casas por conta da pandemia, e, assim, não faziam muitas atividades que favorecessem a sua saúde. Com a ansiedade existente, o consumo de alimentos calóricos para aliviar a tensão foi um dos fatores principais que propiciou o aumento da obesidade infantil e do sedentarismo.
No gráfico produzido pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) é, mostrado a porcentagem de horas em que as crianças passaram praticando diversas atividades, e também o tempo em que estavam sedentárias durante a Covid-19.

De acordo com a especialista em Endocrinopediatria, Renata Dallago, a pandemia veio como um fator prejudicial na obesidade infantil, pois muitas crianças ficaram sem a prática de atividades físicas, e, por outro lado, aumentaram o uso das telas de aparelhos eletrônicos.
Para Renata, também pode-se considerar um grande vilão para a saúde das crianças a ingestão de alimentos industrializados, como: nuggets, miojo, creme de avelã, refrigerantes, sucos de caixinha, biscoitos recheados, entre outros. Ela ainda enfatiza a importância de alertar os responsáveis sobre a prática de exercícios físicos para o combate da doença.
”A prática de atividades físicas deve ser tratada igual a uma atividade escolar, se tornando obrigatória para as crianças e precisando ser cumprida, pois cada vez mais estão usando aparelhos eletrônicos, e aumentando o sedentarismo”, aponta a especialista
Por fim, a endocrinologista complementa o quanto o cuidado com a sáude é importante. As consequências relacionadas à obesidade infantil podem ocasionar sérios problemas no colesterol (devido a gordura no fígado), problemas no coração, causando a hipertensão, diabetes, entre outros fatores impactantes.
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A nutricionista Paola Reis explica que a obesidade ja é uma epidemia, tendo em vista que de dez crianças a serem atendidas por ela, sete possuem problema de obesidade.
Ela reforça o quanto o aumento dos casos, muita das vezes, tem influência a partir do comportamento familiar do paciente. Ou seja, a falta de tempo dos pais em promover uma refeição de qualidade à essas crianças acabam agravando ainda mais a situação, pois acabam sendo reféns de refeições rápidas e industrializadas.
”Temos um aumento desses produtos alimentícios também nas prateleiras de mercados, associados à propagandas apelativas direcionadas ao público infantil”, afirma a nutricionista
A profissional conclui que o caminho contrário a esse cenário é estudar, cuidar e ajudar o comportamento alimentar da família, dando exemplo a essas crianças de como ter hábitos saudáveis, principalmente se tratando da alimentação.
Conforme os dados expostos pelo Ministério da Saúde em junho de 2021, a estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no país, e 3,1 milhões já evoluíram para a obesidade. Por isso, vale ressaltar a importância em obter não só uma alimentação saudável, mas, também, hábitos saudáveis no dia-a-dia.
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Maria Clara Coelho – 1º período
Sob revisão de Mayara Tavares – 6º período
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