Torcedores na Europa vivem competições ao máximo, mas, na América do Sul, o futebol ainda segue sem torcida nos estádios, sendo assistido de maneira remota. A Eurocopa de 2021 tem sido uma das maiores da história da competição e isso se deve ao entusiasmo dos torcedores presentes nos estádios após a pandemia, que ainda afeta de forma intensa o Brasil, mas já foi controlada na maior parte da Europa graças à vacinação em massa. Em contrapartida, a Copa América vem acontecendo no Brasil sem público, após ter sido altamente contestada e ter mudado de país sede duas vezes por conta do aumento dos casos de Coronavírus.
Na Europa, o mundo voltou a acompanhar a emocionante reação de torcedores fanáticos por futebol, o que relembra por que este é o esporte mais popular do planeta. Enquanto isso, aqui no Brasil, há uma competição com um nível técnico muito inferior, gramados em péssimas condições e aumento do número de casos de Covid-19, sem falar que é uma Copa América com menos audiência do que se esperava, se tratando do país do futebol. A baixa audiência se dá pela repetição da competição, que acaba perdendo seu valor, pelo grande favoritismo da seleção brasileira e também pela não paralisação do campeonato brasileiro, que fez com que as seleções desfalcassem vários times.
Gustavo Silva, diretor de vacinas na empresa GSK, acredita que a Copa América é uma competição que perdeu seu prestígio. “Além da CBF permitir que os clubes fossem desfalcados, o futebol apresentado é muito ruim e os gramados não têm qualidade nenhuma. Eu só tenho assistido aos jogos do Brasil. Os outros só acompanhei os resultados, para saber se os convocados vão voltar para o Flamengo, que é o time que me importo em realmente assistir”.
A opinião dele sobre a Eurocopa é diferente. Ele assistiu aos jogos grandes e tem acompanhado todas as finais. “A competição tem sido ótima de assistir. O futebol é bom, as torcidas cantam e a zebra que tomou conta da competição tem chamado muita atenção. Tem sido ótimo poder ver a alegria das torcidas nos estádios e a UEFA fez o correto e não desfalcou nenhum dos times. A competição acontece ao fim da temporada europeia e, apesar de deixar alguns jogadores lesionados devido ao desgaste, pelo menos não força os clubes a jogar desfalcados de suas melhores peças”, destaca Gustavo.
A esposa de Gustavo, Nilza Gomes, não tem assistido a nenhuma das competições, e quando soube que a Copa América seria realizada no Brasil, confessa que se sentiu indignada com a passividade e o descaso do governo em relação à pandemia. Ela só assiste aos jogos do Flamengo e se mostrou irritada quando o time teve sete jogadores convocados para a competição.
Estagiário na área de Comunicação e Música, Breno Santos está assistindo aos jogos das duas competições. “Tenho assistido sim, até porque, assisto até jogo de divisão de base, pois sou completamente viciado em futebol. Fiquei bem chateado que o Flamengo foi muito desfalcado, mas ainda assim acompanhei todos os jogos da Copa América. Eu estava torcendo para Portugal na Eurocopa, sempre gostei muito da seleção e acompanho meu ídolo, Cristiano Ronaldo. Depois que eles foram eliminados, só assisti aos jogos maiores da competição. Confesso que sinto inveja dos europeus, porque sabe-se lá quando que a gente aqui vai poder voltar aos estádios”.
Vinícius Rocha de Almeida – 3º período
Agência UVA 
Parabéns pela publicação de sua matéria, Vinícius. Bjs!