Na última quinta feira (30), foi enviado ao congresso Nacional um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Partidos de diferentes frentes políticas se uniram a fim de apresentar o documento que conta com 100 denúncias de 23 crimes previstos na lei 1.079/50, também conhecida como Lei do Impeachment.

Esse pedido de deposição do presidente não é o primeiro manifesto de descontentamento público com o mesmo esse ano, embora este tenha partido de uma iniciativa política. No último dia 29 de Maio houve manifestações populares contra o presidente da república, em um movimento que ficou conhecido nas redes sociais como #29M – posteriormente, no dia 3 de Julho, as ruas foram novamente ocupadas com manifestações.

Foto: Daniela Oliveira/Agência UVA
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Guilherme Carvalhido, Mestre em Comunicação e professor dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Direito da Universidade Veiga de Almeida, comentou sobre a representatividade do ato que foi capaz de coligar espectros políticos que geralmente não dialogam entre si:
“A coligação de partidos de centro-direita com os de esquerda, para a formulação desse pedido de impeachment, mostra a diversidade de setores da sociedade insatisfeitos com a atual gestão do presidente”, explicou Carvalhido, que é analista político.
O professor, além de explicar essa união como uma questão de insatisfação geral, também relatou que não é a primeira vez que temos esse tipo de movimento no Brasil:
“Esse tipo de movimento ocorre em períodos de grande instabilidade, quando um político, de cargo executivo, se encontra instável diante da opinião pública e da sociedade. Isso ocorreu, por exemplo, no Fora Collor”, elucida o professor, relembrando o movimento que culminou na renúncia do ex-presidente Fernando Collor, chefe do executivo entre 1990 e 1992
Porém, apesar de toda essa movimentação, Carvalhido ressalta o apoio do Congresso Nacional a Jair Bolsonaro, lembrando que apesar do pedido ter sido protocolado e ter gerado bastante apelo popular, o governante ainda conta com apoio suficiente para que não tenha dois terços de votos a favor do seu impedimento no Congresso Nacional e por isso dificilmente será destituído: “Apesar do crescente apoio à destituição do presidente, Bolsonaro ainda teria força suficiente para resistir ao pedido de impeachment, hoje ele não teria 360 votos a favor de seu afastamento.” diz Guilherme Carvalhido.
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