O grupo de países envolvidos no G7 reuniu grandes líderes da economia mundial na última sexta-feira (11). Formado pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, o conjunto se estendeu com o comprometimento de doação das doses, oficializado no domingo (13).
Durante a reunião promovida pelo G7, realizada na Baía de Carbis, na Cornualha, sudoeste do Reino Unido, o compromisso que os líderes estipularam esteve pautada na promessa da doação de cerca de 2 bilhões de doses da vacina contra a covid-19 para países pobres e em desenvolvimento, mas que deixa o Brasil fora da lista.

Na cúpula de líderes do G7, foi discutido a expectativa das vacinas serem destinadas aos países de camadas mais erradicadas pela pobreza, bem como Bolívia, Haiti, El Salvador, Honduras e Nicarágua, tirando portanto, o Brasil como prioridade de vacinação.
O Doutor em Ciências Sociais e economista Durval Meireles, cita sua opinião quanto ao fato de o G7 não priorizar o Brasil na relação de comportamento durante a pandemia, em virtude do sistema econômico brasileiro e do desinteresse do governo brasileiro na busca pela aplicação da vacinação na população.
“Há uma preocupação grande com os países de rendas baixas e médias. Além disso, não se pode deixar de afirmar que as métricas tomadas pelo G7 estão combinadas com o índice de infecção e de óbitos, o que deixou o Brasil fora de conseguir vacinas para aplicação, tendo em vista a desestruturação política e que, consequentemente, tem resultado no alto número de mortes no país”, esclarece Durval.
Em postagem na rede social, o primeiro ministro britânico Boris Johnson revela seu contentamento ao poder relatar a importância da doação e do benefício de exportação de mais doses na contribuição para os países mais pobres.
“Tenho o prazer de anunciar que os líderes do G7 prometeram mais de 1 bilhão de doses para os países mais pobres do mundo-outro grande passo para vacinar o mundo”, conforme comenta Boris Johnson em sua rede social.
O compromisso está constado na declaração oficial final da reunião e, aponta os países que aparentam ganhar uma vantagem no auxílio da vacinação, embora não se tenha os detalhes ao certo sobre quais destes serão, em escala de prioridade, os maiores beneficiados.
“Os compromissos totais do G7 desde o início da pandemia preveem um total de mais de 2 bilhões de doses de vacina, com os compromissos desde nosso último encontro em fevereiro de 2021, incluindo aqui na Baía de Carbis, prevendo 1 bilhão de doses no decorrer do próximo ano”, evidenciado no documento oficial da reunião.
O estudante de 21 anos, Luca de Azeredo, diz acompanhar as notícias envoltas do G7 e menciona o motivo do Brasil não estar constado dentre os países no recebimento de doses restantes. Luca acredita que o Brasil tem a necessidade de exercer políticas públicas mais eficazes, citando a entrada de imigrantes contaminados, além da própria população, onde muitas pessoas parecem estar despreocupadas.
“Eu acredito muito na necessidade de contenção do avanço da doença pela aplicação das vacinas. Enorme é o risco da decisão que o poder político tomou como base na liberação de imigrantes no Brasil, assim como no afrouxamento imediato das pessoas que já residiam no país, o que me leva a crer que as atuais políticas públicas não tenham sido determinantes para conter a disseminação da covid-19”, esclarece o estudante.
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Luiz Guilherme Reis – 1º Período
Sob supervisão de Bárbara Souza – 7º Período
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