Nesta terça-feira (18) o Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, confirmou que está negociando com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) para trazer a final do Campeonato Carioca entre Flamengo x Fluminense em Brasília. Governador ainda admitiu que pretende mudar o decreto para ter presença de público no estádio.
Como mandante no jogo da volta, o Clube de Regatas do Flamengo fez um pedido a FERJ para tentar o mudar o local da partida. Essa seria uma nova tentativa do clube rubro- negro para que a partida decisiva conte com a presença de público.

No primeiro jogo no Maracanã, 150 pessoas foram convidadas e estiveram presentes no estádio. Com presença de torcedores, o primeiro jogo da final terminou com confusão entre atletas, dirigentes e convidados.
Essa liberação gerou multa ao estádio pela Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, a mesma teria negado o pedido para que 30% da capacidade do local seja ocupada por torcedores.
Ainda vivendo um momento delicado na pandemia, o Brasil volta a ter aumento na média móvel de mortes por Covid. Eventos com presença de público continuam vetado no país.
Para entender a repercussão sobre a decisão da volta do público aos estádios, a Agência UVA conversou com alguns populares e especialistas para saber o que pensam a respeito. Confira abaixo os principais trechos:
Arthur Nogueira, 24, anos, estudante
“Mais uma vez a diretoria do Flamengo se mostra zero preocupada com a situação sanitária do país e com imagem do próprio clube. Fico zero surpreso com essa forçada de barra para a volta de público ao estádio no segundo jogo da final, tendo em vista que foram os mesmos que lutaram pela volta do futebol em momento delicado do país”
Mestre em Comunicação, Guilherme Carvalhido, professor da Universidade Veiga de Almeida
“O momento é inadequado de termos público em eventos. Os eventos são arriscados, pois os índices de contaminação ainda são altos. Além disso, coloca em risco as pessoas que frequentam esses ambientes”.
João Gabriel Monteiro Pereira, 27 anos, vendedor e torcedor do Flamengo
“Eu acho que agora sinceramente não é hora para isso, até por que temos risco de terceira onda, é hora de focar na vacina e seguir cuidando da saúde”.
Elson Santos de Oliveira, professor e Coordenador do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida
“Ainda estamos vivendo um momento sem controle dos casos, então não cabe o gestor público estimular qualquer tipo de aglomeração. Ele (Ibaneis Rocha) precisa atuar com responsabilidade minimizando os impactos que a aglomeração pode causar. Até então, o futebol está conseguindo realizar de uma maneira controlada. Os clubes estão conseguindo testar seus jogadores e suas comissão técnica. Entretanto, ainda não da para garantir segurança para o público”.
Dorval de Lima, jornalista do Canal Flunews
“Essa decisão de pôr torcida no estádio vai ser uma irresponsabilidade muito grande. Isso na real só atrapalha a imagem do clube, pois depois da partida ao longo dos dias começa a aparecer um monte de casos entre esses torcedores presentes, gente internada e mortes. Não concordo nem um pouco com essa forçação de barra”.
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Mateus Almeida Marinho- 8º período
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