Pequenos negócios apresentam crescimento em abril e empresários ficam otimistas

Segundo o estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em abril, pequenos negócios apresentaram uma confiança por conta do crescimento que tiveram neste período, depois de passar cinco meses em queda. A melhora significativa deixou pequenos negócios e investidores otimistas.

Com o início da pandemia algumas cidades aderiram o lockdown para tentar frear a contaminação e outras preferiram aplicar algumas restrições. Mas os dois tipos de controles afetaram expressivamente a economia, afetando principalmente os microempreendedores.

Para o economista Durval Correa, que também é Doutor em Ciências Sociais e professor de Administração da UVA, é necessário que as pequenas empresas tenham um novo preparo para lidar com essa nova realidade.

“Durante a pior fase da pandemia o setor que mais sofreu foi as micro e pequenas empresas em especial aqueles que não se virtualizaram, não tinha como vender e fazer entregas a distância, que não participavam do comércio eletrônico. Agora com a retomada alguns se associaram rapidamente a empresas de delivery, como o iFood e o Rappi, e outras ainda estão tentando entrar neste processo”, conclui Durval.

Os comerciantes cariocas, assim como outros pelo país, precisaram se reinventar no período de lockdown. Para Samantha Mendes, que possui um restaurante familiar no bairro de Cordovil, na Zona Norte do Rio, a pandemia causou bastante prejuízo. A pequena empreendedora conta como foi este período para ela e a família, e como eles se reinventaram.

“Quando tudo se fechou as coisas ficaram bastante complicadas, esta era a única renda da minha família, eu e meu marido tivemos que receber ajuda dos nossos pais, ao reabrir nos modificamos nossas vendas, com a ajuda do meu cunhado começamos a fazer entregas e eu comecei a fazer cestas para dias especiais, como dia das mães, aniversário e dos pais. As coisas ainda não voltaram ao normal, mas estamos conseguindo nos virar bem”, explicou Samantha.

Em abril deste ano, as medidas de restrição para conter a pandemia ficaram mais relaxadas, e o comércio voltou a crescer. Segundo o Índice de Expectativa de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE), subiu 10,4 pontos e chegou aos 87,1 pontos no mês de Abril.

Mesmo com o fim de algumas restrições, ainda existem pessoas que preferem não ir às ruas, e apenas sair quando necessário. Esse é o caso do estudante Pedro Henrique, que para a sua segurança e da sua família prefere continuar fazendo suas compras online.

“Eu sempre tive os costumes de fazer compras online, principalmente jogos e qualquer aparelho eletrônico, mas com o inicio da pandemia eu e minha família preferimos fazer tudo pela internet, incluindo materiais de limpeza, comida, passamos boa parte da pandemia pedindo comida por aplicativo, remédios, entre outras coisas”, comenta Pedro.

O IC-MPE reuni os três índices importantes para a economia do país: o comércio, os serviços e as indústrias de transformação. O setor com melhor desempenho foi o do comércio, tendo um crescimento de 11,6 pontos para 799 pontos. Esta melhora está ligada ao momento atual e às perspectivas de curto prazo.

Já os setores de serviços apresentaram um bom crescimento, mas ainda mantém o nível mais baixo, historicamente, de 4,6 pontos foi para 79,7 pontos. As indústrias de transformação ainda não conseguiram apresentar uma boa recuperação, e o IC-MPE mostra que pela quinta vez consecutiva, houve uma queda neste setor, atingindo menor nível desde junho de 2020.

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Luiza Nascimento – 1° período

Sob supervisão de: Bárbara Souza – 7° período