Embora ainda sob os efeitos da pandemia, o Brasil parece fomentar cada vez mais seus setores econômicos, pelo menos é o indicativo do Índice de Atividade Econômica do Banco Central, importante marcador, que se propõe a calcular mensalmente as atividades econômicas do país. O IBC registrou um aumento de 1.70% na comparação entre janeiro e fevereiro, conferindo ao segundo mês do ano um aumento acima da média de 0.9%, previsto em pesquisa realizada pela Bloomberg.
Ainda que fevereiro de 2021 tenha passado por um momento sanitário extremamente delicado: o segundo pior mês em número de mortos por Covid-19, com uma marca de 30.484, houve grande aumento de demandas principalmente no setor de serviços, tendo um considerável acréscimo de 2.8% em relação a fevereiro do ano anterior. Outro dado relevante é que as vendas de varejo também melhoraram seus números, após seguidas retrações.
O Professor Universitário de Gestão, Durval Correa Meirelles, comentou sobre o impacto desses números no panorama geral: “Em termos sociais qualquer crescimento do PIB é importante”, pontuou. Porém sem o devido controle do atual cenário de saúde, principalmente em um contexto de elevado desemprego, dificulta uma projeção mais otimista a curto prazo, conforme exposto pelo professor.
“Eu acredito que recuperemos o PIB pré pandêmico somente em 2022. E a partir daí, com a maior parte da população vacinada, poderemos vislumbrar cenários melhores, pois contamos nesse momento com uma taxa de desemprego de 20% e com o fechamento de diversas microempresas. Fatores esses que contribuem para o inadimplemento familiar”, conjectura Durval.
Apesar da evolução em importantes setores, o segundo mês do ano trouxe quedas na produção industrial após 9 meses seguidos de alta. Esse resultado muito se deve à queda na produção de automóveis e das indústrias extrativas, sinalizando um decréscimo de 7.2% e 4.7%, respectivamente.
Tenha acesso aos dados brutos da pesquisa do IBGE aqui.
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Gabriel Figueiredo – 1º Período
Muito boa matéria!