A pandemia do novo Coronavírus trouxe diversas complicações para o mundo – o medo do contágio, o afastamento da vida social, a perda de empregos –, gerando uma instabilidade mundial. O isolamento social foi uma das formas encontradas pelos governos para combater esse problema. Em meio à crise do Covid-19, as pessoas estão tentando se reinventar e alguns profissionais não medem esforços para atender às necessidades de seus clientes ou pacientes, buscando formas de desempenhar seu trabalho da melhor maneira possível durante essa fase.
Tiago Silva Vieira, 36 anos, professor de Inglês, não teve dificuldades com as aulas online devido aos aplicativos de comunicação. A maioria de seus alunos são jovens e já estão acostumados com essa tecnologia.

“Mas a interação com os alunos não é a mesma. A aula presencial é a melhor opção para o aprendizado”, avalia. Tiago acredita que essa forma de trabalhar online pode, eventualmente, ser usada pós pandemia para algumas situações específicas, como dificuldades de locomoção ou reposição de aulas. (Foto: Arquivo Pessoal)
O mesmo acontece com a psicóloga Eliane Lentini, 58 anos, que também teve uma boa adaptação, pois em casos especiais, como viagens ou impossibilidade de saúde, já fazia atendimento online por chamada de vídeo. A aceitação por parte dos pacientes também foi boa, talvez por ser a única possibilidade de fazer o tratamento.

“Até os idosos, que costumam ter limitações e preconceitos com a tecnologia, se surpreenderam. Isto, em si, já é terapêutico, pois possibilita aprender e ampliar novas possibilidades e formas de comunicação sem preconceitos”, afirma a psicóloga. Apesar de ser possível trabalhar à distância, o atendimento do psicólogo clínico deve ser em contato presencial, mas com certeza a consulta online é uma nova realidade que poderá ser usada no pós pandemia. (Foto: Arquivo Pessoal)
Já o professor de bateria Carlos Eduardo Mazzoni Grigolli Silva, 40 anos, dono da Escola de Música Fábrica Musical, teve algumas dificuldades com a implementação de aulas virtuais, pois alguns de seus alunos não possuem o instrumento musical em suas casas. Cadu, como é chamado por alunos e amigos, está tentando se reinventar por meio de aulas online e até criou um canal da escola de música no Youtube, no qual disponibiliza vídeo aulas para os alunos. Com o cancelamento dos shows, a classe musical teve um grande prejuízo.
“Sendo bem sincero, não gosto e nem acredito em aula online. As vídeo aulas estão dando certo, pois a maioria é meu aluno há muito tempo. Minha forma de dar aula é muito eficaz presencialmente. Prefiro ter meu aluno dentro do estúdio comigo, ele na bateria e eu no piano”, desabafa Cadu. (Foto: Arquivo Pessoal)
Enquanto não é possível estar novamente ao vivo e a cores junto dos demais, como deseja não apenas o professor de bateria, mas todas as pessoas em todo canto do planeta, é necessário se reinventar nas variadas profissões, criar diferentes formas de trabalhar em diferentes realidades, mas todas buscando a melhor maneira de sobreviver nesse cenário tão difícil e de tentar levar um pouco de vida para dentro de casa.
*Matéria produzida pelo aluno Vinícius Azevedo Nogueira para a disciplina Teoria e Técnica da Notícia, ministrada pela professora Maristela Fittipaldi
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