Ciência Tecnologia

China lança nova missão espacial para a Lua

A China está perto de finalizar a primeira missão espacial de coleta de amostras lunares em 44 anos

Na tarde desta terça-feira (1), o foguete chinês Long March-5 pousou em solo lunar. A missão espacial Chang’e-5 tem como objetivo trazer para a Terra amostras de rochas e areias lunares. Esse tipo de missão não é realizada por completo desde 1976, quando o Luna 24, da antiga União Soviética, trouxe 170 gramas de amostras para o planeta Terra.

Segundo a professora de física Juliana Rodriguez Camacho, que trabalha no Museu Aberto de Astronomia (MAAS) em Campinas, a China possui um objetivo muito óbvio em voltar a trazer objetos lunares para a Terra. “A China ainda é nova no ramo espacial, tendo se desenvolvido apenas nos últimos 20 anos. É normal refazer os passos das duas principais potências espaciais (Estados Unidos e União Soviética) e com as tecnologias atuais, descobrir coisas novas”.

Essa missão espacial atual foi lançada ao espaço no dia 23, e tem previsão de duração de 23 dias. A ideia é conseguir um total de dois quilos de amostras, que serão utilizadas para estudar os vulcões presentes na Lua. O local de aterrisagem do foguete é no Mons Rümker, onde as atividades vulcânicas são mais recentes do que em outras áreas.

Nas redes sociais chinesas, foram vazadas imagens que divulgavam o cronograma completo da missão espacial.

Cronograma que teria sido vazado nas Redes Sociais chinesas / Tempo em UTC, 3 horas na frente do Brasil

A professora comenta também que não é apenas um estudo simples sobre a estrutura da Lua. “Com esses estudos, e as tecnologias avançadas, é possível descobrir não só a evolução da formação da Lua, como também de todo o sistema solar. Além disso, essa missão espacial é um passo importante para o país, que assim como os Estados Unidos, possui o objetivo de construir uma base fixa na Lua, facilitando assim os estudos, e dando mais tempo de pesquisa”.

Transmissão que estava ao vivo no momento do lançamento do foguete

A Agência Espacial Europeia (ESA) irá dar suporte na missão, fazendo o rastreamento da espaçonave nas fases mais críticas, além de fornecer apoio de plantão para as próprias estações chinesas terrestres. 

Todos os passos da missão, desde a aterrissagem até o pouso / Fonte: ESA

De acordo com a ESA, o velho continente também terá uma grande participação na chegada da nave. Utilizando a estação de Maspalomas, que é operada pelo Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA), na Espanha, a ESA irá captar os sinais da nave espacial quando ela estiver no processo de aterrisagem. Se tudo ocorrer como planejado, a nave chinesa chegará à Terra no dia 15 de dezembro e encerrará sua missão.

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Revisado por Victor Leal

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