O livestreaming (transmissões ao vivo), tem se tornado cada vez mais comum no meio do entretenimento, principalmente entre os mais jovens. Mas a cada ano que passa, isso tem se transformado também em trabalho fixo para várias pessoas ao redor do mundo.
Há diversas formas de ganhar dinheiro fazendo lives, seja em aplicativos de dança e até em aplicativos onde é preciso apenas conversar com as pessoas. Entretanto, quem domina esse meio são as transmissões de jogos, de vídeogame e computador.
Atualmente diversas empresas estão contratando pessoas para fazer tais transmissões, como a Twitch, que é hoje a empresa líder nesse mercado, além também do Youtube, do próprio Facebook e de diversas outras. E como já estamos vivendo na era dos jogos virtuais, é um mercado que vem se solidificando a cada ano que passa e que hoje é responsável por transformar a vida de milhares de pessoas.
Em novembro, a Twitch está tendo uma média de mais de 103 mil canais fazendo transmissão em todo mundo simultaneamente, além de já ter tido um pico de 185 mil pessoas transmitindo. O recorde é de mais de 198 mil pessoas ao mesmo tempo, que aconteceu em junho desse ano.
O aumento de 2019 para 2020 foi brutal, saindo de uma média de 49 mil transmissões simultâneas em 2019, para quase 86 mil em 2020.

Nesse gráfico é possível ver o súbito aumento no período de pandemia. O gráfico em azul mostra as médias durante os meses, enquanto que o de cor laranja mostra o pico de transmissões simultâneas.
Esse crescimento se deve por um fator anormal que ocorreu esse ano: a pandemia. Com tudo que envolveu a Covid-19, com a população entrando em lockdown e muitas pessoas perdendo emprego, as streams foram uma saída encontrada tanto para desfocar de todas as notícias ruins que estavam acontecendo e conseguir se divertir em um momento trágico que estávamos vivendo, quanto como uma fonte de renda, sem precisar sair de casa.
Esse é o caso da Luísa Ferreira, que começou a fazer streams na Twitch três meses atrás, e da Monique Santos, que fez sua primeira transmissão seis anos atrás. Apesar dos motivos serem diferentes, a pandemia foi o principal fator nessa nova fase da vida dessas duas meninas.


Para Luísa, o começo dela nessa vida de stream foi mais simples. “Por conta da quarentena, eu comecei a passar muito tempo na frente do computador jogando, e eu sempre curti essas lives, até que resolvi tentar e entrar nesse mundo!”. Apesar do pouco tempo, a baiana já pensa no futuro como streamer. “Eu quero fazer disso um trabalho fixo. Além de live de jogos eu quero também fazer lives de edição de fotos, já que também sou fotógrafa”.
Já para a gaúcha Monique, a situação foi outra. “Eu comecei a fazer stream, uns seis anos atrás por incentivo de amigos. Mas teve uma época que parei e agora estou de volta. Eu fui demitida no começo da pandemia, eu trabalhava em balada, e por causa disso, hoje em dia é minha principal fonte de renda”.
Apesar dos motivos diferentes, é fato que o mundo das streams está crescendo cada vez mais com as pessoas buscando não só diversão, mas também querendo fazer disso uma profissão para a vida toda. E para quem já ouviu dos pais e familiares que não dava para ganhar dinheiro jogando videogame o dia todo, bom, acho que eles estavam errados nessa.
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Lucas Bacil – 8º período
Revisado por Victor Leal
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