Devido a pandemia, as escolas adotaram o sistema online para que o ano letivo não fosse completamente perdido, então, transformou suas aulas em videoconferência. E com isso, as provas semestrais e bimestrais também ganharam uma inovação nesse ano. Professores e alunos falam sobre a dificuldade.

“Saber que “podem” colar faz com que acabem não estudando para as avaliações”
Felipe Alexandre sobre os alunos estarem fazendo as provas em suas casas e sem uma fiscalização.
Para o professor de matemática da rede pública e privada, Felipe Alexandre, a plataforma online dá um pouco de comodidade aos alunos. Por saberem que é prova online e por não terem uma fiscalização igual a presencial, eles acabam não estudando para as avaliações. E a preocupação para os professores é a montagem das provas:
“A maior dificuldade é de sempre fazer as provas com questões em que os alunos não encontrem a resposta na internet e que mesmo tendo consulta os estimule a pensar em como resolver tal questão”, conta.
Felipe é pai de uma criança que acaba de completar um ano de idade, e fala sobre a volta às aulas presenciais ainda em 2020 e suas perspectivas para o futuro no chamado “novo normal”: “Eu acho que não muda em nada voltar agora (2020), em um mês não vai recuperar o que perdeu durante o ano. Acho desnecessário voltar agora, na altura do campeonato. E para o novo normal, eu espero que os aluno – quando voltar as aulas – valorizem mais as escolas, por sentirem falta do ambiente escolar. Já que falam que o ensino remoto tá difícil e complicado, que passem a dar valor as aulas presencialmente”, finaliza o professor.
De acordo com a professora e estudante de psicologia Djane Campos, a avaliação online se torna prejudicial ao aluno pelo simples fato de não poder avaliar o que eles aprenderam: “Ele (aluno) pode ter auxílio de alguém para fazer a avaliação, um aluno pode até mesmo falar com outro e pesquisar na internet. Então a gente não tem como saber até onde ele aprendeu, ou o que tá realmente fazendo porque sabe. É uma avaliação que não é justa”, conta.
Sabendo das circunstancias de uma pandemia, Djane fala que sente falta da aula presencial, das provas presenciais e de como os alunos tratam essas avaliações: “E para os alunos também, principalmente os maiores, acaba se tornando banal, porque sabem que é só pesquisar, não tentam de fato fazer o trabalho. Depois que saiu o documento dizendo que todo mundo vai ser aprovado, quem não ligava antes, hoje ligam menos ainda”, completa a professora.

Foto/Reprodução: Rede social
“Nesse momento de pandemia está sendo muito complicado para os professores avaliarem quem de fato aprendeu alguma coisa ou não”
Djane Campos, professora e estudante de psicologia
Para muitos profissionais da área da educação, o fator mais positivo que toda essa quarentena trouxe foi a habilidade de se reinventar em meio a uma preocupação inicial que parecia não ter fim. É o que conta Djane, abordando sobre as maiores dificuldades que teve, e tem, até o momento: “A dificuldade foi de criar novas técnicas para avaliar. Na área fundamental onde eu atuo, procuramos dar trabalho ao invés de prova, fazendo eles usarem a criatividade. Procurando reinventar essa forma de avaliar, essa era a dificuldade”, conta
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Para a professora, os seus alunos e boa parte da escola já se acostumaram com esse dito “novo normal” e esse semestre até o final do ano, tudo ficou mais fácil já que tanto professores quanto alunos, já pegaram o jeito de como vai ser o ano letivo. Pelo fato de ser online, as crianças ficam mais tranquilas e podem até apresentar os trabalhos sem aquela pressão, tendo assim um ponto positivo no meio de tanta preocupação.
Como em toda nova jornada enfrentada, cada experiência adquirida fica guardada na memória para sempre, é o que Djane comenta sobre o que vai levar daqui para frente com esse novo desafio que caiu de paraquedas tanto para ela, quando para todos em sua profissão. Já que com essa carga e tensão é fácil se cansar, mas que hoje ela e as outras professoras estão aprendendo mais e dando também mais valor a sua profissão, mesmo com todas as circunstâncias apresentadas:
“Confesso que dar aulas online me fez valorizar muito mais a sala de aula e me fez ver que nada é mais importante que o contato com os alunos. Estar presente, tirar as dúvidas dele, e o online faz ficar tudo muito distante. Sinto muita falta da minha sala”, finaliza Djane.
“Amo minha sala de aula, amo o que eu faço. Amo meus alunos até quando fazem bagunça”
Para o estudante do 4º período de jornalismo da Universidade Veiga de Almeida, Luis Felippe Gonçalves, esse ano foi de superação e para ele, mesmo preferindo aula presencial, o EAD salvou um ano que para muitos estaria perdido: “Confesso que o contra para mim seria ter o EAD por justamente sentir falta do calor humano. Mas não tem como fechar os olhos para o que a plataforma e os professores, em meio aos seus conhecimentos, fizeram para que o ano letivo não fosse perdido” relata o estudante sobre o benefício do ensino à distância.

Foto/Reprodução: Rede social
A esperança para o estudante é que daqui para frente tudo fique melhor e que coisas que não fazia antes, ou com pouca frequência, ganhará página nova em sua vida assim que as aulas presenciais voltarem totalmente: “Vou ter interação com a galera da minha área, desfrutar dos meus professores ao máximo e ter uma experiência mais concreta de sala de aula”, finaliza o estudante.
Mas nem tudo é crítica quando o assunto é aulas remotas e provas online, para o estudante do curso de Farmácia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiri (UFRJ) do 8º período, João Paulo, ele diz preferir esse método e conta um pouco da dificuldade das aulas e se mudou bastante o modo de ensino que em 2020 fora adotado por causa da pandemia da Covid-19:
“Tirando alguns problemas com a conexão e pequenas confusões, no tocante a dúvidas do que o professor queria – algo normal, inclusive, nas presenciais -, não tive nenhuma grande dificuldade. Foi bem tranquilo. Nada mudou, apenas o formato”, conta João.
Sobre as perspectivas de um futuro pós-pandemia, o estudante foi categórico ao falar sobre, já que é uma questão que muitos ficam se indagando de como vai ser daqui pra frente: “Uma mudança de paradigma. O ensino à distância vai ser cada vez mais usado”, diz.
Recentemente o Tribunal de Justiça autorizou por meio de decreto a volta as aulas para as escolas públicas e privadas, porém apenas os alunos do ensino superior, mais precisamente do último ano escolar, estão liberados para voltarem a frequentar o ambiente escolar. Uma questão que causou muita discussão com as pessoas, ganhando até destaque nas redes sociais.
Hudson Lisboa 7º período
Todos nós fomos surpreendidos por um novo normal, e o ser humano não gosta de sair da sua zona de conforto. Tenho uma escola de cursos : profissionalizantes, auxiliar de veterinária inglês e preparatórios de enen e ENEM E ETEC, em sete meses perdi 70% dos meus alunos, desses 30% foi por questões financeiras e os 40% restante por alegarem que não conseguem se adaptar a nova condição, 20% por não ter INTERNET suficiente ou um computador ou Notebook, e os 20% restante, apenas não gosta.
Senhores pais a vida não é feita apenas do que gostamos, o mesmo aluno que não gosta de fazer aula online, passa 24 horas jogando, na rede social, interagindo com os amigos, etc…
No final a conclusão é a mesma, a família é a estrutura em qualquer circunstância, aqueles que tem país presentes na vida estudantil, continuam, portanto não tem governo ou instituição que consiga a tratativa adequadra, sem a estrutura da família.
Portanto peço encarecidamente, nos ajude a ajudar essa geração, pois o amanhã está com às nossas crianças e adolescentes!